A identificação e prisão de 22 pessoas acusadas de envolvimento na briga de torcidas na Arena Joinville não encerra as investigações da Operação Cartão Vermelho, deflagrada no início da semana pela Polícia Civil catarinense com apoio das polícias do Paraná e Rio de Janeiro. Novas ordens judiciais devem ser cumpridas nos próximos dias, inclusive fora de Santa Catarina.

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A garantia da continuidade do trabalho foi feita pelo delegado regional de Joinville, Dirceu Augusto Silveira Júnior, em entrevista coletiva concedida pela cúpula da Polícia Civil catarinense na sede da Deic, no início da tarde desta sexta-feira.

De acordo com o delegado, que coordenou a operação, os 22 acusados que foram presos já se encontram à disposição da comarca de Joinville, onde os fatos aconteceram.

– É um trabalho que ainda não está terminado. Outras prisões ainda precisam ser realizadas. Nós precisamos que estas pessoas se apresentem, principalmente as que estão no Rio de Janeiro – explicou.

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Já os 22 presos serão ouvidos para dar sequência aos trâmites processuais até a conclusão dos inquéritos. Dos 22, 19 foram presos na Operação Cartão Vermelho, após a expedição dos mandados de prisão preventiva, embora, segundo Dirceu, alguns torcedores do Atlético-PR tenham se apresentado após tomarem conhecimento da decisão judicial.

Os outros três acusados foram presos em flagrante, após o jogo. Outros nove pedidos de prisão preventiva ainda precisam ser cumpridos.

– Temos informações de contatos que alguns dos procurados devem estar se apresentando nos próximos dias, mas a Polícia Civil de Santa Catarina vai buscá-los independentemente onde se encontrem – ressaltou Dirceu.

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O delegado da Coordenadoria de Operação Policiais Especiais (COPE) Alfredo Balstaedt falou sobre as buscas no Rio de Janeiro.

– Não houve resistência ou confronto. Inclusive as favelas que visitamos eram pacificadas – declarou.

As imagens da briga ainda estão sendo analisadas pela Polícia Civil, que não descarta a identificação de mais torcedores envolvidos.

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– Temos que ter critério na hora de identificar essas pessoas. Pode ser que, ao tentar fugir, essa pessoa possa ter sido obrigado a empurrar a alguém ou pular uma cerca. Mas o que temos hoje é esse número (22) de pessoas que estão presa, onde não há nenhuma dúvida de que foram partícipes daquela violência – completou Dirceu.

Confira os detidos pela Polícia Militar até o momento: