Uma nova fase da operação “BarçaGate” realizou buscas na sede do Barcelona, no Camp Nou, na manhã desta segunda-feira (1º), e prendeu o ex-presidente do clube, Josep Maria Bartomeu. As informações são do ge.
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A Polícia da Catalunha foi até a casa do ex-presidente, que renunciou ao cargo em outubro, após escândalos de corrupção, e o levou detido, acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e administração injusta. O atual CEO do Barcelona, Òscar Grau, o diretor jurídico, Román Gómez Pontí e o ex-assessor presidencial, Jaumes Masferrer, também foram presos.
O Tribunal de Justiça da Catalunha emitiu a ordem de busca nas instalações do clube. Durante a ação dos policiais, os funcionários precisaram esperar fora do Camp Nou. O Barcelona divulgou um comunicado em suas redes sociais em que afirma colaborar com as autoridades judiciais e policiais para esclarecer os fatos da investigação.
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ℹ️ Comunicado del FC Barcelona pic.twitter.com/EIMFeuPqJV
— FC Barcelona (@FCBarcelona_es) March 1, 2021
A prisão de Bartomeu ocorreu justamente na semana da eleição presidencial que escolherá seu sucessor, no próximo domingo. Esse será o desfecho de uma série de escândalos que refletiu negativamente no clube catalão e esportivamente com a troca de treinadores em sequência e a dificuldade em disputar títulos nos últimos anos.
A investigação
A investigação, iniciada em abril de 2020, apura o fato de a diretoria comandada por Bartomeu ter contratado uma consultoria especializada em dados e redes sociais, a I3 Ventures, para proteger a reputação de Bartomeu e outros diretores, desde 2017, e compartilhar publicações que atacam jogadores como Messi e Piqué, ídolos do clube como Xavi, Puyol e Guardiola, além de políticos rivais, como Joan Laporta e Víctor Font.
Bartomeu nega que os serviços da empresa foram usados para difamar qualquer pessoa. O contrato com a I3 Ventures também está sendo investigado, por parecer superfaturado, já que a quantia paga pelo Barcelona chega a quase um milhão de euros, e foi dividida entre diferentes departamentos do Barcelona para que o contrato não precisasse ser aprovado pelos conselheiros.
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O caso “BarçaGate” estourou em fevereiro do ano passado, com a publicação de uma reportagem pela rádio “Cadena SER”. A diretoria comandada por Bartomeu entrou em uma crise institucional e diversos fatores abalaram o clube. O estopim da confusão aconteceu quando Messi concedeu uma entrevista, em setembro, explicando que desejava deixar o clube por conta de promessas não cumpridas pela diretoria.
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Em outubro, o então presidente deixou o clube depois de seis anos no comando. O mandato iria até meio de 2021. Uma nova eleição foi convocada para janeiro, mas devido à pandemia, foi adiada para o dia 7 de março.
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E o Messi?
O contrato do craque argentino termina em julho de 2021. As polêmicas com a diretoria fizeram com que Messi não quisesse renovar com o clube. Ele tentou uma recisão unilateral em 2020, mas não conseguiu. Após a eleição, espera-se que o camisa 10 volte a negociar sua permanência no Barça, mas tudo indica que ele vai embora após o fim do contrato, sem custos. PSG e Manchester City são destinos especulados caso Messi decida não permanecer no Barça.
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