A Operação Mensageiro, que investiga suspeitas de fraude em licitação em cidades de Santa Catarina, já apreendeu cerca de R$ 1,3 milhão em espécie. A quantia estava nas casas e locais de trabalho dos investigados. Além disso, foram apreendidos 58 computadores, 85 celulares e 140 mídias eletrônicas. O material será utilizado em perícias das investigações.

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Conforme informações do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), os bens de 25 empresas e 11 pessoas foram bloqueados por ordem do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), totalizando R$ 282 milhões.

A operação investiga suspeitas de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo dos municípios catarinenses. Entre as 15 prisões estão três prefeitos, sendo o de Pescaria Brava, Deyvison Souza, cuja prisão, em Brasília, informada com exclusividade pela colunista Dagmara Spautz; o de Papanduva, Luiz Henrique Saliba; e de Balneário Barra do Sul, Antônio Rodrigues.

Na última terça-feira (6), mesmo dia do cumprimento dos mandados de prisões, foram realizadas audiências de custódia presencialmente no Fórum de Joinville, que servem para avaliar eventuais ilegalidades durante o cumprimento das prisões. Deyvison Souza, preso em Brasília (DF), também foi apresentado no local. 

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O advogado Pierre Vanderlinde, que representa o prefeito Deyvison Souza, disse que ainda não teve acesso aos autos na íntegra e que se manifestará depois disso.

A prefeitura de Papanduva emitiu nota, em que informa que está colaborando com as investigações – mas não cita a prisão do prefeito: “prezando pela transparência, todos os servidores colocaram-se à disposição das autoridades, fornecendo a documentação exigida e colaborando com a apuração dos fatos”.

O advogado Manolo Del Olmo, que representa o prefeito Luiz Henrique Saliba, informou que vai pedir a revogação da prisão preventiva, disse que seu cliente está colaborando com a apuração e que os fatos serão esclarecidos.

A prefeitura de Balneário Barra do Sul também emitiu nota em que não cita a prisão do prefeito. “O prefeito Antônio Rodrigues disponibilizou os documentos solicitados a partir de 2019, necessários à investigação. A prefeitura está colaborando com às autoridades e aguarda que os fatos sejam devidamente esclarecidos”, diz o comunicado.

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De acordo com o MP-SC, todos os 109 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. As investigações seguem em segredo de justiça.

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