Uma operação da Polícia Civil contra uma célula neonazista em Santa Catarina mirou nesta quinta-feira (15) o braço-direito de um juiz catarinense suspeito de vazar informações sigilosas da investigação.

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De acordo com o delegado responsável pelo caso, Arthur Lopes, o homem era assessor jurídico do magistrado e compartilhava com exclusividade as novidades do caso com um amigo, que por sua vez repassava as informações aos investigados que foram presos em outras fases da operação.

O braço-direito do juiz, apesar de residir em Joinville, não pertencia à comarca da cidade, segundo a apuração. O homem realizava o trabalho em regime remoto em um fórum de outro município.

O vazamento da investigação pelo assessor do magistrado foi confirmado pela polícia durante as buscas feitas nesta quinta-feira. O homem, porém, teve a prisão negada pelo Judiciário.

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O inquérito sobre o caso foi encerrado após a operação, segundo Lopes.

O que diz o Tribunal de Justiça

“O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) informa que até o momento não foi notificado ou informado de maneira oficial pelos órgãos competentes, de modo que não tem como prestar qualquer informação sobre suposto envolvimento de servidor do Poder Judiciário catarinense com vazamentos de informações de uma operação que combate o neonazismo em Santa Catarina. Tão logo seja acionado, o TJ analisará o caso com a devida atenção e tomará todas as medidas legais cabíveis.”

*Sob supervisão de Raphaela Suzin

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