A Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Investigações Criminais, realiza operação nacional contra o roubo e receptações de cargas em Joinville. Nesta manhã foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão e 28 de prisão. A ação aconteceu durante a madrugada desta quarta-feira (13) e envolveu 120 policiais.

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Em SC, a operação ainda acontece nas cidades de Araquari, São Francisco do Sul, Barra do Sul, Barra Velha, Balneário Piçarras e Penha. No Estado, são 14 mandados de prisão expedidos. Além disso, o trabalho da Polícia Civil acontece em municípios do Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo.

— O objetivo da operação é investigar e desmantelar uma quadrilha especializada de desvio de cargas nas rodovias federais de SC. Os carregamentos eram levados para Estados vizinhos — explica Luis Felipe Fuentes, diretor da Deic.

Segundo o delegado, as investigações demonstraram que o grupo criminoso é extremamente organizado, onde cada membro tem uma função específica dentro da organização. Há indícios de envolvimento de caminhoneiros, empresários, comerciantes do ramo de logística, além da participação de “laranjas” – pessoas que emprestavam as contas bancárias para transitar as quantias provenientes do crime.

Até às 10h30 desta quarta, 16 pessoas já haviam sido presas em toda a operação. A polícia ainda apreendeu grande quantidade de documentos, veículos, aparelhos eletrônicos e celulares que devem corroborar com a investigação.

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Grande prejuízos as vítimas

Ainda segundo Fuentes, a quadrilha atuava informando de maneira caluniosa um roubo de carregamento à polícia, quando na verdade a carga já tinha sido desviada para receptadores. A grande maioria das pessoas que recebia estes materiais roubados pertencia a empresas, principalmente fazendo o transporte de boninas de aço. Como os itens subtraídos tinham valor alto, o esquema causava prejuízos financeiros consideráveis aos proprietários das cargas, transportadoras e seguradoras – vítimas dos crimes.

A operação contou com o apoio das Diretorias do Litoral, Interior, Fronteira e Grande Florianópolis, que também trabalham no cumprimento dos mandados. Ainda de acordo com o delegado, a investigação apontou que há várias empresas envolvidas no esquema de roubo, mas os nomes não foram informados para não atrapalhar as investigações.

Nomeada Proditor, que significa traidor em latim, faz referência à ação dos assaltantes que “traíam” a confiança de quem os contratava para o transporte das cargas.