Uma operação nacional batizada como “Não seja um laranja” cumpriu quatro mandados de busca e apreensão nesta terça-feira (2) em Joinville. A Polícia Federal investiga um esquema criminoso organizado voltado para prática de fraudes em contas eletrônicas mantidas em diversas instituições bancárias do Brasil.

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Em Joinville, os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes bairros, contra quatro pessoas que teriam recebido em suas contas bancárias cerca de R$ 2,2 milhões. Segundo a Polícia Federal, o valor somado seria proveniente das fraudes eletrônicas bancárias.

Foram apreendidos cartões bancários e aparelhos de celular dos suspeitos em Joinville. De acordo com Polícia Federal, um deles foi ouvido e teria admitido participação no esquema. Os demais serão ouvidos nos próximos dias.

Ao todo, estão sendo cumpridos outros 43 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no Distrito Federal. O montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18,1 milhões.

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Os delitos apurados na Operação Não seja uma Laranja são associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica, cujas penas podem somar mais de 20 anos de prisão. 

Aumento de “laranjas” em esquemas criminosos

Nos últimos anos, a Polícia Federal identificou um aumento considerável da participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos, para os quais “emprestam” suas contas bancárias, mediante pagamento.

O “lucro fácil”, com a cessão das contas para receber transações fraudulentas, possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que fazem diversos cidadãos como vítimas. Tais pessoas são conhecidas, no jargão policial, como “laranjas”. 

A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime. Além disso, provoca dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo da conduta delitiva, como também pelos prejuízos financeiros e emocionais.

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