A suspeita de corrupção na contratação de serviços de limpeza urbana foi alvo de uma operação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) nesta sexta-feira (26). Ao menos 11 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva foram cumpridos em Ponte Alta do Norte, no Meio-Oeste catarinense.

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Conforme as investigações, pessoas interessadas em prestar serviço de limpeza urbana no município eram direcionadas pelos agentes públicos investigados para a contratação de escritórios de contabilidade previamente determinados. Em contrapartida, era imposto o pagamento ilícito de 10% dos valores que eles recebiam do município, pagos a título de vantagem indevida mensal.

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Ainda de acordo com a promotoria, tal conduta faria com que parte do dinheiro pago pela prefeitura aos contratados voltasse para os próprios agentes públicos investigados. Eles teriam acumulado cerca de R$ 100 mil com a prática.

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Na manhã desta sexta-feira foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão. Batizada de “Limpeza Urbana”, a operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO). Após a prisão, os suspeitos serão encaminhados ao fórum onde ocorre a audiência de custódia.

Segundo apuração do colunista Ânderson Silva, do NSC Total, um dos alvos da operação é o prefeito do município, Ari Bagúio (PL). Ele, inclusive, foi preso em Florianópolis durante a ação. Além dele, os dois filhos também são investigados, além de um secretário municipal.

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A investigação, feita pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, pelo GAECO e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), segue em sigilo. Ela apura crimes de associação criminosa, corrupção passiva e concussão, praticados supostamente por agentes políticos e particulares.

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