O vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski, teve o pedido de revogação de prisão negado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quinta-feira (25). Com isso, ele seguirá preso.

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Tokarski foi detido em fevereiro durante a terceira fase da Operação Mensageiro, que apura a suspeita de fraude em licitação e corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e distribuição de lixo em cidades catarinenses.

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A rejeição do pedido, apreciado pela 5ª Câmara Criminal, foi unânime. Também foi negado o pedido de transferência de local de prisão do vice-prefeito. Atualmente ele está na Penitenciária de Itajaí, no Litoral Norte do Estado.

Operação Mensageiro: prefeito e vice de Tubarão teriam recebido mais de R$ 2 milhões em propina, diz MP

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Em 17 de abril, Tokarskichegou a dar entrada no Hospital Ruth Cardoso, mas o motivo da internação não foi divulgado. Segundo a defesa, ele teve um abalo no quadro psicológico. A Justiça também solicitou que ele fosse avaliado pelo Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina.

De acordo com o advogado Pedro Walicoski Carvalho, a defesa aguardava o julgamento do pedido no TJ para prosseguir com o habeas corpus que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ainda não há prazo, no entanto, para que o pedido seja apreciado.

De acordo com as investigações, o prefeito de Tubarão Joares Ponticelli (PP) e seu vice Tokarski teriam recebido mais de R$ 2 milhões em propina da Serrana Engenharia. Os dois tornaram-se réus na Operação Mensageiro após o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) aceitar a denúncia da promotoria. Além deles, o gerente de gestão municipal da prefeitura, Darlan Mendes da Silva, também é réu no processo.

As fases da Operação Mensageiro

Primeira fase 

A primeira fase da Operação Mensageiro foi deflagrada em 6 de dezembro de 2022. Nesta etapa foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva e 108 de busca e apreensão nas regiões Norte, Sul, Vale do Itajaí e Serra. 

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Principais alvos: 

  • Deyvison Souza, prefeito de Pescaria Brava  
  • Luiz Henrique Saliba, prefeito de Papanduva 
  • Antônio Rodrigues, prefeito de Balneário Barra do Sul 
  • Marlon Neuber, prefeito de Itapoá 

Segunda fase  

Deflagrada em 2 de fevereiro deste ano, na segunda fase foram cumpridos quatro mandados de prisão e 14 de busca e apreensão no Sul e na Serra catarinenses. Ela foi um desdobramento das provas colhidas com as primeiras prisões, em dezembro de 2022. 

Principais alvos:  

  • Antônio Ceron, prefeito de Lages 
  • Vicente Corrêa Costa, prefeito de Capivari de Baixo  

Terceira fase 

Essa etapa foi deflagrada em 14 de fevereiro deste ano. Ao todo, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão, todos em cidades do Sul de SC. 

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Principais alvos:  

  • Joares Ponticelli, prefeito de Tubarão  
  • Caio Tokarski, vice-prefeito de Tubarão 

Quarta fase 

Foi deflagrada na última quinta-feira, dia 27 de abril, com o cumprimento de 18 mandados de prisão e 65 de buscas nas regiões Sul, Planalto Norte, Alto Vale e Vale do Itapocu. As ações ocorrem em Massaranduba, Imaruí, Três Barras, Gravatal, Guaramirim, Schroeder, Ibirama, Major Vieira, Corupá, Bela Vista do Toldo, Braço do Norte e Presidente Getúlio. 

Principais alvos: 

  • Luiz Carlos Tamanini (MDB), prefeito de Corupá 
  • Adriano Poffo (MDB), prefeito de Ibirama 
  • Adilson Lisczkovski (Patriota), prefeito de Major Vieira 
  • Armindo Sesar Tassi (MDB), prefeito de Massaranduba 
  • Patrick Correa (Republicanos), prefeito de Imaruí 
  • Luiz Shimoguri (PSD), prefeito de Três Barras 
  • Alfredo Cezar Dreher (Podemos), prefeito de Bela Vista do Toldo 
  • Felipe Voigt (MDB), prefeito de Schroeder 
  • Luis Antonio Chiodini (PP), prefeito de Guaramirim

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