Os envolvidos nos casos de tráfico e caça de animais descobertos na Operação Livro Vermelho, no Parque Nacional da Serra do Itajaí, foram multados e responderão processo em liberdade junto ao Ministério Público Federal. Se condenados, dependendo dos crimes pelos quais forem julgados, podem pegar de seis meses a dois anos de prisão.

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– Santa Catarina tem uma tradição cultural de criar animais em cativeiro, é uma coisa que vem desde a infância e é repassada pelos avós, pelos pais. A nossa missão é mostrar para as pessoas que não é certo prender animais que pertecem à floresta e ainda lucrar em cima disso – ressalta a bióloga Edineia Correia, que veio da Estação Ecológica de Carijós, em Florianópolis, especialmente para participar da operação.

Carne de caça e armas ilegais em Blumenau

Em Blumenau foram encontrados vários quilos de carne de caça de animais silvestres, entre eles veados e tatus, além de carcaças. Um idoso de 70 anos foi abordado em casa, no bairro Nova Rússia, e multado em R$ 50 mil. Na residência havia um freezer com carnes abatidas no parque e que estão agora sob custódia do ICMBio. Segundo Mario Oliveira, coordenador geral da Operação Livro Vermelho, supõe-se que a carne era para consumo próprio. Mas ele não descarta a possibilidade de comércio das caças.

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– O Parque Nacional de Serra do Itajaí foi criado para garantir a proteção da biodiversidade, e para isso vamos estender a operação para as outras cidades. Chegamos num ponto em que a educação ambiental não adianta se não houver, junto a ela, a força da lei – comenta Mario.

Espingardas, pistolas, revólveres e cartuchos também foram apreendidos pela Polícia Militar na casa do homem, a maioria sem registro legal.