A sexta fase da operação Et Pater Filium foi realizada nesta quarta-feira (1) para investigar a suspeita de fraudes em licitação, além de crimes de desvio e lavagem de dinheiro no Planalto Norte de Santa Catarina.
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Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão nos municípios de Itajaí, Major Vieira, Monte Castelo, Papanduva e Santa Cecília. A operação é realizada pelo Ministério Público de SC, por meio do Grupo Especial Anticorrupção (GEAC) e do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organização (GAECO).
A sexta fase da operação é um desdobramento das investigações realizadas das fases anteriores, em que foram apurados crimes contra a administração pública e outros na região do Planalto Norte, envolvendo agentes públicos e particulares.
Agora são investigados possíveis atos de fraudes à licitação, peculato, desvio e lavagem de dinheiro em contratos de prestação de serviços de ônibus.
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As investigações indicam que, apesar de contatados para prestarem serviços de transporte de alunos, os contratados não forneciam os motoristas, o combustível e nem executavam a manutenção dos ônibus. Segundo o MP, estes custos seriam arcados pelo município de Major Vieira e propiciavam desvio de valores.
Nas buscas realizadas nesta sexta-feira foram apreendidos documentos e objetos que serão analisados pelas equipes de investigação e apresentados em juízo. A denúncia contra os investigados será apresentada nos próximos dias pelos Promotores que integram a Força Tarefa.
Dois prefeitos presos na operação
Em agosto de 2020, o prefeito Orildo Antônio Servegnini, de Major Vieira, e o filho dele, Marcus Vinícius, foram presos na operação Et Pater Filium. Na ocasião, o prefeito também era presidente da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
O MP afirmou que havia suspeitas de uma ligação próxima entre empresários e funcionários públicos para direcionar as contratações públicas, a maioria no ramo de construção civil, para empresas parceiras em troca do pagamento de vantagens ilícitas aos agentes públicos, causando danos milionários aos entes públicos.
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Em julho deste ano, o prefeito Adelmo Alberti, de Bela Vista do Toldo, também foi preso na quarta fase da operação Et Pater Filium. No último dia 25, a esposa dele, Maria Emília Schiessl Alberti, também foi presa durante a quinta fase da mesma operação.
Trechos da denúncia do Ministério Público contra Alberti, divulgados pelo portal JMais, mostram que o prefeito teria supostamento utilizado empresas em nomes de laranjas em contratos públicos. Em uma negociação gravada, o MP aponta que Alberti teria recebido dinheiro de propina e guardado o envelope na cueca.
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