Duas das maiores polêmicas judiciais do Estado do primeiro semestre desse ano integram os 157 itens da pauta de julgamento do Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ-SC) desta quarta-feira. No mesmo dia, os desembargadores podem decidir se a prefeitura de Florianópolis pode promover o polêmico aumento de IPTU barrado no início do ano por liminares e se será aceita a denúncia da Operação Fundo do Poço, que reúne entre seus 46 envolvidos o presidente afastado da Assembleia Legislativa, Romildo Titon (PMDB).
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O IPTU da Capital é o nono item da pauta dos 25 desembargadores. A ação de inconstitucionalidade foi movida por 11 entidades lideradas pelo Sinduscon que questionam os percentuais de reajuste que seriam aplicados com a nova planta de valores aprovada na Câmara de Vereadores no final de 2013. Segundo as entidades, o aumento de imposto chega, em alguns casos, a 1.500%. A prefeitura rebate, alegando que o reajuste médio é de 43,12%. e de apenas 27,03% para imóveis residenciais.
Qualquer que seja a decisão do TJ-SC, o prefeito Cesar Junior (PSD) promete não fazer cobrança retroativa de imposto e afirma que vai convidar os autores da ação para formarem uma comissão e formularem propostas de atualização à cobrança do IPTU.
Defesa pede tempo para avaliar escutas
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O item 20 é o inquérito da Operação Fundo do Poço – a denúncia do MP-SC contra uma suposta quadrilha especializada em fraudar licitações para construção de poços artesianos. O caso levou ao afastamento de Romildo Titon da presidência da Assembleia, em 26 de fevereiro.
Se os desembargadores aceitarem a denúncia, o processo será aberto. Um pedido da defesa pode postergar a análise: o advogado Claudio Gastão da Rosa Filho solicitou que o julgamento seja adiado até a conclusão da perícia sobre as escutas telefônicas que baseiam a denúncia.
Relator do caso, José Trindade dos Santos não havia decidido até ontem se aceitava o requerimento, indicando que o tema poderia ser levado para análise dos demais desembargadores.
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