Uma operação contra um grupo criminoso suspeito de fraudes no INSS foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (23) em SC. A Operação Contagem Regressiva foi deflagrada pela Polícia Federal e pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia.

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Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão, em um endereço comercial e um residencial de Tijucas, na Grande Florianópolis. Segundo a PF, a operação busca desarticular um esquema criminoso especializado em reconhecer tempos de serviço inexistentes para fraudar a concessão de benefícios previdenciários.

Segundo as investigações, o grupo investigado inseria informações falsas em sistemas da Previdência Social, como vínculos empregatícios fictícios com diversas empresas do Estado, inclusive inativas. Esses dados eram incluídos com base em envios de guias de recolhimento de FGTS e Informações à Previdência Social (GFIP) referentes a um período anterior de trabalho que, na verdade, não teria existido.

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Computadores e materiais foram apreendidos em dois endereços de Tijucas, na Grande Florianópolis
Computadores e materiais foram apreendidos em dois endereços de Tijucas, na Grande Florianópolis (Foto: Polícia Federal, divulgação)

Dessa forma, o grupo investigado teria propiciado a dezenas de pessoas o reconhecimento de tempo de serviço inexistente, permitindo a solicitação de vários benefícios previdenciários, como aposentadoria por idade, invalidez, auxílio-doença e seguro-desemprego.

De acordo com a investigação, os criminosos inseriam esses vínculos de trabalho falsos desde 2011 e teriam favorecido pelo menos 63 beneficiários já identificados até o momento. Os indícios apontam para um prejuízo aproximado de R$ 2,8 milhões com as supostas fraudes.

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Policiais encontram revólver em situação irregular

Durante a operação desta quarta-feira, os policiais encontraram um revólver em situação irregular. Por isso, uma pessoa foi presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo. Ele pagou fiança e vai responder ao inquérito em liberdade.

Investigação vai permitir revisão de benefícios pelo INSS

As investigações começaram em 2019 e agora devem permitir a revisão dos benefícios concedidos a esses segurados. Com isso, segundo a Polícia Federal, será possível evitar um rombo aproximado de R$ 12 milhões aos cofres do INSS, considerando a expectativa de vida dos beneficiários calculada a partir das Tabelas de Mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Se for confirmada a participação de cada um dos investigados após a conclusão do inquérito policial, os envolvidos podem ser indiciados pela prática dos crimes de estelionato previdenciário, falsificação de documento público, falsificação de documento particular, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva e organização criminosa. As penas variam de 1 a 12 anos de reclusão.

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