Uma operação policial deflagrada na manhã desta quarta-feira (6) cumpriu 12 mandados de busca e apreensão, parte deles em São José e Florianópolis, em investigação contra um grupo suspeito de golpe e fraude na emissão de duplicatas. O esquema teria causado um prejuízo de R$ 2 milhões, segundo a Polícia Civil.

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A investigação identificou que um ex-funcionário de uma empresa de logística de Biguaçu passou a simular a venda de produtos em 2021 por meio de duplicatas. Esse tipo de documento é normalmente emitido por quem também presta algum serviço como uma garantia da negociação, ao registrar valor e prazo para o pagamento.

O investigado não cumpria, no entanto, com sua parte do acordo ao receber o dinheiro, já que ele deixava de entregar os devidos produtos. Ele operou o esquema junto com um empresário da Bahia, onde também foram cumpridos mandados. A Operação Stretch ainda fez buscas em São Paulo, onde a dupla abriu uma empresa.

A Delegacia de Investigação à Lavagem de Dinheiro (DLAV) identificou que eles tentaram esconder os valores das duplicatas por meio de pessoas jurídicas criadas para isso e de laranjas, que blindavam os verdadeiros beneficiados. O dinheiro ainda foi dispersado na aquisição de bens de luxo, carros importados e em viagens.

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Esse patrimônio acabou, no entanto, sequestrado em valor equivalente ao do prejuízo causado pelo esquema. À reportagem, o delegado Jeferson Costa, à frente da DLAV, afirmou que a medida visa sufocar financeiramente os investigados, reparar danos e cobrir custas processuais da vítima do caso, também de Biguaçu.

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