Deve ser pedido a prisão preventiva ainda nesta quinta-feira de um homem acusado de comandar um esquema ilegal de comércio de bebidas importadas na região de Joinville e Balneário Camboriú. Outras 14 pessoas que compravam os produtos também foram intimados a depor na delegacia. Os produtos chegavam ao Brasil vindos da Argentina, Paraguai e Uruguai e eram revendidos em bares e restaurantes.

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Nesta manhã a Polícia Federal regional deflagrou a operação Baco, onde em uma casa no bairro Anita Garibaldi foram apreendidas três mil garrafas, a maioria de vinhos encontradas abarrotadas em todos os cômodos. Muitas delas estavam sem rótulo ou contrarrótulo. O material apreendido foi encaminhado para o depósito da Receita Federal.

De acordo com o delegado chefe da PF Regional de Joinville, Alcir Amaral Teixeira, as bebidas chegavam por vias terrestres e no Brasil não passavam pela fiscalização e controle de qualidade. O Selo Fiscal e a Tributação do IPI obrigatória para bebidas importadas era falsificado.

A investigação começou há seis meses, após a desconfiança de alguns clientes. Pelo menos 14 proprietários de bares e restaurantes serão indiciados por formação de quadrilha e descaminho – crime contra a ordem tributária, previsto no art. 334 do Código Penal brasileiro. O dono do depósito, que fugiu do local, será indiciado também pela falsificação do selo.

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– Foram encontradas milhares de garrafas de vinho de diversas procedências. Eles compravam as bebidas e vendiam por preços baratos- revela o delegado.

A investigação da PF contou com o auxílio da Receita Federal e constatou que a empresa Vinum Enoteca, razão social Rubicom Com. e Alimentos LTDA., com sede no bairro Anita Garibaldi, em Joinville, estaria promovendo a distribuição de vinhos de procedência estrangeira sem a importação regular, sem nenhum controle de qualidade e com preço bem abaixo daqueles praticados no mercado legal, tendo como clientes diversos restaurantes e bistrôs conhecidos na região.

Todos os envolvidos foram intimados para depor na PF de Joinville. Segundo a investigação, o esquema acontecia desde 2010.

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