Operação de rotina fiscaliza caminhões com cargas perigosas em Barra Velha

Caminhões com cargas consideradas perigosas – líquidos inflamáveis, produtos químicos, entre outros – foram fiscalizados das 9h até às 16h desta terça-feira no posto da Polícia Rodoviária Federal de Barra Velha. A operação é considerada de rotina e percorre várias partes do Estado de março a dezembro, há 15 anos.

Defesa Civil do Estado, Vigilância Sanitária, Conselho Regional de Química, Bombeiros e PRF participam da fiscalização. Segundo a fiscal da Defesa Civil Cristiane Aparecida do Nascimento, a operação serve principalmente para manter motoristas atentos sobre as normas de segurança no transportes de cargas de risco.

– Averiguamos desde as condições do caminhão, como sinalização e identificação dos produtos que transportam, até o conteúdo da carga, se tudo está acondicionado de forma correta e se o motorista tem equipamentos de proteção, como extintores, máscaras e luvas – explica.

O motorista Jeferson dos Santos, 27 anos, que transporta produtos químicos diversos, entre eles solventes, altamente inflamáveis, considera interessante a fiscalização. Ele estava com equipamentos de segurança como luvas e máscara na parte traseira do caminhão, quando o correto é tê-los na cabine.

Jeferson recebeu a uma notificação para que a situação seja regulamentada na próxima viagem. Os produtos saíram de Joinville e iriam para Itajaí.

– Na rotina, nem sempre a gente observa todas as normas de segurança – diz o motorista.

– Graças a deus, nunca passei por nenhuma situação de risco em seis anos de estrada, mas agora vou prestar mais atenção nessas orientações.

A operação acontece de 15 em 15 dias em postos da Polícia Rodoviária Federal ou Estadual em diferentes regiões de Santa Catarina. A fiscal do Conselho Regional de Química Cléia Boing diz que, em geral, as contravenções notificadas são pequenas.

– O maior problema que tivemos até hoje no Estado foi um caminhão com carga tóxica que tinha vazamento ao ser fiscalizado – conta.

Cristiane, da Defesa Civil, afirma que as multas, mesmo que pequenas, evitam que as contravenções se repitam e tem um caráter educativo aos caminhoneiros.