A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira a Operação Águas Profundas com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas que vinha sendo investigada há dois anos e meio.
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Em Santa Catarina houve apenas uma diligência, na cidade de Itajaí. No município foi interrogado um dos investigados já recolhido no Complexo Penitenciário da Canhanduba, suspeito de integrar a quadrilha.
Conforme a PF, a quadrilha possui alto grau de profissionalismo em suas atividades, tendo uma estrutura logística com alcance em diversos setores, desde aeroportos, portos, despachantes aduaneiros, casas de câmbio, construtoras, hotel, fazendas e empresas agropecuárias.
Seriam utilizadas para a realização das atividades ilícitas de tráfico internacional de drogas as mesmas regras utilizadas pelos negócios das grandes empresas, sempre coordenada por um líder, o qual coloca em prática os mesmos princípios da economia de mercado, com a utilização de diversos mecanismos contábeis, comerciais e cambiais, sempre visando o maior lucro possível e a redução constante de custos.
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Foram empregados na ação 250 policiais federais e 25 servidores da Receita Federal do Brasil visando o cumprimento de 10 mandados de prisão preventivas, 28 conduções coercitivas, 47 mandados de busca e apreensão em sete estados: Goiás, São Paulo, Paraná, Pará, Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina.
Com apoio da Receita Federal foram efetivados levantamentos patrimoniais dos integrantes da quadrilha resultando na identificação e sequestro de 46 imóveis, sendo um hotel, nove fazendas, uma chácara, seis casas, 26 lotes, quatro apartamentos na praia, cinco apartamentos e um box de garagem, avaliados em aproximadamente R$ 100 milhões, e ainda dezenas de veículos e contas bancárias.