A Polícia Federal cumpre na manhã desta terça-feira (26) 19 ordens judiciais no inquérito que apura o assassinato do cacique Antônio Mig Claudino, ocorrido em 2017, na Reserva Indígena Serrinha, em Ronda Alta, no Rio Grande do Sul. Entre as seis cidades com alvos de mandados, Chapecó, no Oeste catarinense, é uma delas.

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A ação é batizada de Operação Mig, em referência ao sobrenome do cacique. No total, são cumpridos 9 mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, nos municípios gaúchos de Pelotas, Ronda Alta, Planalto, Constantina e Três Palmeiras, além de Chapecó.

A operação busca confirmar a participação dos investigados no homicídio e acrescentar novos elementos às informações já coletadas. A PF dará mais detalhes sobre a operação durante coletiva de imprensa marcada para as 10h dessa terça, em Passo Fundo (RS).

De acordo com a PF, o inquérito policial apurou que o crime foi minuciosamente planejado, tanto para garantir a execução da vítima, quanto para prejudicar a investigação. Ao menos uma testemunha do crime teria participado da ação, com o objetivo de atrair a vítima e, posteriormente, fornecer informações desconexas aos policiais.

A investigação indica que dois “matadores” que atuam no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina foram contratados por pelo menos quatro indígenas da região para realizar a execução, motivada pela disputa pela liderança, dinheiro oriundo de arrendamento de terras indígenas e vingança, informou a PF.

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A operação desta terça conta com a participação de 65 policiais federais e tem o apoio das polícias Militar e Civil do estado de Santa Catarina.

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