Florianópolis foi palco de uma operação da Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (22). O alvo era um grupo que teria se dedicado por anos a operar um esquema financeiro paralelo, atendendo clientes que movimentavam altos valores, tudo no anonimato.

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Segundo as investigações, conduzidas pela Superintendência da PF em São Paulo, os “doleiros”, como são conhecidos, eram quem operavam esse sistema. Para movimentar os volumes, os investigados usavam empresas de fachada, com sócios “laranja”, para abrir contas bancárias e movimentar recursos de clientes do esquema criminoso, muitas vezes destinando os ativos para o exterior.

Os envios ilegais ao exterior, que configuram o crime de evasão de divisas, eram operados por diversos meios diferentes, como dólar-cabo, importações simuladas ou superfaturadas e o uso de criptoativos.

Já sobre as operações fraudulentas de comércio exterior, a PF identificou indícios de participação de um intermediador cambial e despachante aduaneiro. Ao todo, a operação cumpre 21 mandados de busca e apreensão, em Florianópolis; e em São Paulo, Barueri, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul e Mogi Guaçu (SP). Os alvos são 16 pessoas físicas e cinco pessoas jurídicas.

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Os crimes constatados durante a investigação, todos contra o Sistema Financeiro Nacional, podem somar 26 anos de prisão. Os crimes são: gerir fraudulentamente instituição financeira, operar sem autorização de instituição financeira, inclusive de câmbio; usar falsa identidade para realização de operação de câmbio e evasão de divisas.

O nome da operação, Recidere, significa reincidência. Isso porque os alvos continuam praticando os mesmos crimes mesmo após serem alvo de outras investigações criminais. Um deles, inclusive, chegou a firmar acordo de colaboração premiada perante o Supremo Tribunal Federal (STF).

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