Uma operação desencadeada na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal do Paraná também colocou Joinville no mapa das ações mobilizadas para desarticular uma organização criminosa voltada ao contrabando e à exploração de jogos de azar em cidades paranaenses.

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O esquema, segundo a PF, ocorria por meio de intensa corrupção policial. Cerca de 250 policiais federais cumprem 40 mandados de busca e apreensão, 23 mandados de prisão preventiva, seis mandados de prisão temporária e 29 mandados de condução coercitiva em dez municípios.

Apesar de Joinville ser apontada como uma das cidades onde houve ordens judiciais expedidas, a delegacia da Polícia Federal na cidade não confirma o cumprimento de prisões. As outras cidades onde há cumprimento de mandados são Curitiba, Maringá, Medianeira, Foz do Iguaçu, Faxinal e Matinhos, no Paraná, além de Porto Alegre e Canoas, no Rio Grande do Sul, e Laguna, também em Santa Catarina.

A Polícia Federal iniciou a investigação em 2010, após representação do Ministério Público Federal de Umuarama (PR), e apurou que a quadrilha se valia de um “braço armado” formado por policiais militares lotados, em sua maioria, em rotas de contrabando no noroeste do Paraná.

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Além de facilitar a passagem da mercadoria do grupo, os policiais extorquiam contrabandistas concorrentes, repassando parte dos valores e dos produtos desviados de apreensões ao núcleo central do esquema.

A organização criminosa seria liderada por um assessor de um deputado estadual do Paraná e por oficiais da Polícia Militar ocupantes de postos que, em contrapartida, mantinham os policiais aliciados em equipes móveis e os auxiliavam em procedimentos disciplinares para perpetuar as práticas delituosas.

A operação foi batizada de “Operação Fractal” com base em um conceito matemático. “Fractal” seria um objeto que apenas encontra regras na irregularidade, como foi definida a atuação do grupo.

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