A operação Castelo de Areia, deflagrada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) na última quarta-feira (27) contra um grupo de estelionatários que atuava em Santa Catarina e no Paraná, apreendeu R$ 1 milhão em relógios, informou a Polícia Civil.
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As apreensões ocorreram durante o cumprimento de 18 mandados de busca e apreensão nas cidades catarinenses de Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema e Tijucas, além de Curitiba (PR) e Matinhos (PR). Conforme a polícia, o esquema movimentou cerca de R$ 270 milhões em 10 meses de investigação.
Além do estoque milionário de relógios, a operação também apreendeu 11 veículos, roupas e bolsas de alto padrão, e aproximadamente R$ 70 mil.
Segundo o delegado Pedro Henrique Mendes, que coordenou a operação Castelo de Areia, o mentor do esquema é um homem do Paraná que se apresentava como empresário e que é suspeito de cometer diversos estelionatos em Santa Catarina e também em outras regiões do país. Outros três homens são suspeitos de integrar o núcleo do esquema, um deles da cidade catarinense de Tijucas, outro da Bahia, além de um terceiro do Paraná.

Em um dos golpes praticados, os suspeitos conquistavam clientes vendendo carros abaixo do preço de mercado; depois, prometiam novos carros por valores menores, pegavam o dinheiro antecipado e fugiam. Ao menos 20 vítimas já foram ouvidas em Santa Catarina, mas a polícia estima que mais de 60 pessoas tenham sido lesadas pelo grupo criminoso.
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Para lavar o dinheiro conquistado com os golpes, o grupo é suspeito de abrir 50 empresas de fachada, algumas delas nas regiões de Itajaí e Balneário Camboriú, e chegou a comprar um posto de combustíveis em Tijucas. O dinheiro também era aplicado em objetos de valor, que foram alvo das apreensões nesta semana.
Com o material apreendido na operação, a polícia espera reunir elementos suficientes para pedir a prisão do suspeito. Os crimes investigados são estelionato, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e organização criminosa.
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