Uma operação deflagrada na manhã desta quarta-feira (27) pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) mira uma organização criminosa suspeita de crimes de estelionato, sonegação e lavagem de dinheiro. Mandados de busca e apreensão são cumpridos em quatro cidades de Santa Catarina e também no Paraná. Segundo a Polícia Civil, o esquema movimentou cerca de R$ 270 milhões em 10 meses de investigação.
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As buscas da operação, batizada de Castelo de Areia, são feitas em Itajaí, Balneário Camboriú, Itapema e Tijucas, além de Curitiba (PR) e Matinhos (PR). Nesta última cidade, o alvo é um agente público. Veículos, joias, relógios, dinheiro, obras de arte e outros objetos de valor estão sendo apreendidos, conforme a Polícia Civil. Os itens serão levados à Deic de São José e devem chegar ao local até a noite desta quarta.
Segundo o delegado Pedro Henrique Mendes, que coordena a operação, o mentor do esquema é um homem do Paraná que se apresentava como empresário e que é suspeito de cometer diversos estelionatos em Santa Catarina e também em outras regiões do país. Outros três homens são suspeitos de integrar o núcleo do esquema, um deles da cidade catarinense de Tijucas, outro da Bahia, além de um terceiro do Paraná.
Em um dos golpes, os suspeitos conquistavam clientes vendendo carros abaixo do preço de mercado; depois, prometiam novos carros por valores menores, pegavam o dinheiro antecipado e fugiam. Ao menos 20 vítimas já foram ouvidas em Santa Catarina, mas a polícia estima que mais de 60 pessoas tenham sido lesadas pelo grupo criminoso.
Para lavar o dinheiro conquistado com os golpes, o grupo abria empresas de fachada nas regiões de Itajaí e Balneário Camboriú e chegou a comprar um posto de combustíveis em Tijucas. O dinheiro também era aplicado em objetos de valor, alvos das apreensões nesta quarta. Com o material apreendido na operação, a polícia espera reunir elementos suficientes para pedir a prisão do suspeito.
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— O intuito é que esses objetos apreendidos possam ser utilizados para ressarcir as vítimas dos golpes praticados — destacou o delegado Pedro Henrique.
Segundo Pedro Henrique, até por volta das 10h cerca de 10 carros de luxo e um barco tinham sido apreendidos, além de 80 relógios, joias, bolsas e aproximadamente R$ 50 mil.
