A operação da Polícia Federal (PF) que mira em uma organização criminosa de tráfico internacional de droga estruturada em duas grandes empresas de logística marítima, sediadas nos portos de Itajaí e Rio Grande (RS), apreendeu, nesta quinta-feira (30), um avião, jet ski, moto, 14 veículos e duas tornozeleiras.
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Nove pessoas foram presas. Entre elas, está o dono da CTIL Logística, empresa que foi cotada para assumir as operações do Porto de Itajaí. Outros três ligados ao dono da empresa catarinense também foram presos. Conforme a PF, as apreensões de patrimônios totalizam cerca de meio bilhão de reais.
A operação apura o envio de 17 toneladas de cocaína para a Europa utilizando ambos os portos. A investigação durou dois anos, e contou com o apoio internacional de países como Alemanha, Espanha, França e Paraguai.
Empresa de logística de Itajaí é alvo de operação contra tráfico internacional de drogas
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Conforme a PF, os funcionários da empresa catarinense, a princípio, não sabiam do esquema, que seria liderado apenas pelos empresários.
Entenda o esquema
A investigação indicou que a droga produzida na Bolívia era remetida para o Brasil por um fornecedor paraguaio e entrava no país por Ponta Porã (MS). Depois, a cocaína era transportada em caminhões até o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e armazenada nas próprias empresas da organização criminosa ou em depósitos próximos aos portos de Rio Grande e Itajaí.
A droga era inserida em cargas regulares com a intervenção e coordenação da alta administração das empresas de logística, sem o conhecimento dos contratantes, proprietários das cargas lícitas (normalmente de insumos que poderiam mascarar a droga quando submetida aos controles alfandegários).
Já no continente europeu, o grupo comprador do entorpecente, liderado por um cidadão de origem albanesa, furtava a parte da carga regular que continha a cocaína, para distribuição em diversos países da Europa.
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