Uma ação conjunta entre 23º Batalhão de Infantaria, Corpo de Bombeiros, polícias Civil e Militar de Blumenau resultou na apreensão de 2,4 toneladas de explosivo em pasta e 4 mil metros de cordão detonante. A mercadoria foi recolhida terça-feira à noite em uma empresa que prestava serviços de explosão para pedreiras.
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A carga estava armazenada em local inadequado e apresentava problemas na documentação. A operação, feita em empresas que usam e armazenam artefatos em todo o Estado, começou terça e encerrou ontem. No Vale do Itajaí, cinco empresas foram fiscalizadas em Blumenau, Indaial, Rodeio e Pomerode. Quatro estabelecimentos apresentaram algum tipo de pendência na documentação.
– Cabe ao Exército a autorização para compra e armazenamento de explosivos. No caso da empresa, o material foi recolhido por não estar de acordo com as normas – explica o capitão do 23º BI, Agnelo Alberto Peres Moreira.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a rede de inteligência dos órgãos que compõe a secretaria detectaram que os explosivos usados nos arrombamentos a caixas eletrônicos são, na maioria, produto de roubos e furtos ocorridos nos paióis e armazéns de empresas credenciadas que ficam em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Por isso, esta e outras fiscalizações pretendem recolher informações sobre roubo e furtos de explosivos e, a partir daí, iniciar um trabalho de investigação para tentar esclarecer os crimes envolvendo explosões.
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No caso da carga apreendida em Blumenau, em princípio, não há nenhuma ligação com possíveis quadrilhas. Porém, o delegado regional da Polícia Civil de Blumenau, Rodrigo Marchetti, diz que toda a documentação apreendida será encaminhada para Florianópolis:
– Lá, os policiais irão cruzar os dados fornecidos pela empresa e poderão investigar se há relação ou não.
Segundo o delegado, outras vistorias em empresas da região ocorrerão ao longo do ano.