A Polícia Federal (PF) e a Receita Federal desencadearam nesta terça-feira operação para combater o descaminho de mercadorias vindas do Uruguai. A investigação apurou que a rota de ingresso irregular dos produtos ocorre pelo município de Bagé, no Rio Grande do Sul. A maior parte dos itens é comercializada em Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis, em Santa Catarina. A ação cumpre 11 mandados de busca e apreensão, além de seis mandados de prisão. Somente na capital catarinense foram cumpridos três mandados de prisão. As pessoas detidas serão levadas para a cidade de Bagé.
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Segundo a PF, a Operação Kamuri tem como objetivo desarticular uma quadrilha responsável pelo transporte, armazenamento e distribuição ilícita no Brasil de CDs e DVDs de origem estrangeira. Durante as investigações, que iniciaram-se há quase dois anos, mais de 1,1 milhão de CDs e DVDs foram apreendidos. A estimativa da Receita Federal é a de que R$ 7,5 milhões de tributos foram sonegados no período.
– Os CDs e DVDs chegavam virgens ao Brasil, junto com impressoras. Aqui, mais tarde, eram gravados e revendidos de forma pirata. A maior comercialização ocorria em Itajaí, Balneário Camboriú e Florianópolis, mas em outras regiões do Brasil também havia a revenda – explicou o delegado Mauro Lima Silveira, da Polícia Federal de Bagé, que comanda as investigações.
De acordo com Silveira, o líder da quadrilha, que não teve o nome divulgado, mora em Balneário Camboriú (SC).
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A PF acredita que a quadrilha atua há pelo menos três anos. O grupo tem diversas ramificações, incluindo empresas e lojas, em uma rede que comercializa produtos e suprimentos de informática contrabandeados. O material é usado para atividades da pirataria de filmes, álbuns de músicas, jogos de videogame e programas de computador.
Segundo a PF, cada CD ou DVD era comprado no Uruguai por R$ 0,30. No Brasil, após pirateados, eram vendidos ao preço de R$ 5.
A Operação Kamuri está em andamento em SC e no RS com 70 agentes da PF e 11 auditores da Receita Federal.
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