A Operação Clínica Geral, que prendeu oito pessoas na manhã desta terça-feira em cidades do Sul de Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, também capturou o homem considerado chefe da organização criminosa. O líder, de 33 anos, foi preso em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre. O grupo está envolvido em pelo menos 50 crimes de naturezas diversas como tráfico de drogas, explosão de caixas eletrônicos, furtos e roubos.

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A operação foi realizada nas cidades catarinenses de Criciúma, Balneário Rincão e Maracajá, e nos municípios gaúchos de Porto Alegre e Alvorada. A partir da operação de hoje, a polícia entra em uma nova fase da investigação, para identificar outros crimes e pessoas que possam estar relacionados com o grupo. Segundo o delegado Anselmo Cruz, da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (DEIC), os participantes do grupo estão envolvidos com diversos homicídios, disputa por tráfico de drogas e território.

— Essa organização praticava alguns crimes aqui e fugia para Porto Alegre, Alvorada, cometia novos crimes lá, e ficava jogando, então está se falando inclusive em uma organização com alcance interestadual. Está sendo apurado o envolvimento efetivo em facção criminosa tanto aqui quanto na região da grande Porto alegre, havia uma logística bem estruturada nesse sentido, aprontar em Santa Catarina durante um, dois meses, se refugiar no Rio Grande do Sul e cometer crimes lá — explicou.

O grupo era composto por pelo menos 12 pessoas, segundo a polícia, e se investiga a ligação dele com as facções que atuam dentro dos presídios dos dois estados. O trabalho em conjunto das delegacias da região foi fundamental para fazer a conexão entre os casos e conseguir desarticular o bando. Segundo o delegado Rafael Iasco, de Içara, foi a disputa pelo tráfico de drogas em Balneário Rincão que desencadeou o trabalho conjunto da polícia.

— No final de 2015 houve uma guerra de traficantes, aumento de homicídios, e havia uma organização criminosa estabelecida durante esse tempo. Eles praticavam crimes não só na comarca de Içara, mas de Jaguaruna, Urussanga, e as delegacias estavam realizando investigações individuais. Quando começaram a cometer crime de explosões de caixas eletrônicos a DEIC juntou todas as delegacias, houve troca de informações, força tarefa da DIC de Criciúma para tentar monitorar essa quadrilha — destacou Iasco.

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