Três envolvidos na operação Alcatraz foram condenados nesta quinta-feira (11) a penas de 10 a 12 anos de detenção, além de multa, por fraude em licitação. A sentença foi proferida pela juíza da 1ª Vara da Justiça Federal em Florianópolis, Janaina Cassol Machado. Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
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As punições são resultado de uma ação realizada em 30 de maio de 2019 pela Polícia Federal, que investigou suspeitas de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos ligados a contratos do ramo de tecnologia e de prestação de serviços de mão de obra terceirizada, firmados com órgãos do Executivo estadual.
Os três réus foram condenados, segundo a sentença, por fraude e superfaturação em um contrato emergencial de 2011. O grupo, segundo apurou a investigação, emitia notas frias em supostas prestações de serviço e, em troca, recebia o dinheiro público.
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Entre os réus está o ex-secretário de Administração de Santa Catarina, Nelson Castello Bracon Nappi Junior. Ele foi condenado a 12 anos e 1 mês de detenção em regime inicial semiaberto, além de multa. A juíza manteve a prisão preventiva de Nappi, que responde a outros processos também no âmbito da Alcatraz.
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O ex-servidor público Luiz Carlos Pereira Maroso recebeu a mesma punição de Nappi, além de perder definitivamente o emprego público, do qual estava afastado desde a época da operação.
O empresário da área de tecnologia, Maurício Rosa Barbosa, foi condenado a 10 anos e 10 meses de detenção, mais multa. Ele também teve a preventiva mantida pela juíza, porque assim como Nappi, também tem o nome envolvido em outras denúncias da Alcatraz.
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O que dizem as defesas dos réus
Nelson Castello Branco Nappi: procurado pela reportagem, o advogado Leonardo Pereima disse que a defesa considera a “condenação injusta e equivocada, motivo pelo qual recorreremos às instâncias superiores para que seja reconhecida a inocência” do cliente.
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Luiz Carlos Pereira Maroso: o advogado Renato Boabaid informou que ainda não foi intimado da decisão e que assim que receber a condenação irá analisar. “Com certeza iremos recorrer, pois temos certeza da inocência do nosso cliente”, afirmou.
Maurício Rosa Barbosa: a defesa informou que ainda não teve acesso a decisão.
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