Dois pacientes do Hospital Santa Isabel, de Blumenau, receberam na tarde desta quarta-feira (04) coração e fígado novos. Os transplantes, no entanto, não teriam sido possíveis sem o trabalho de outros órgãos. Bombeiros, Polícia Militar, Samu e a Central de Transplantes fizeram uma grande operação aérea, com uso três aeronaves, desde o hospital Florianópolis.

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Como o coração possui um tempo médio de apenas 4h fora do corpo, o transporte precisou ser feito de forma muito rápida. E segundo o chefe dos Bombeiros em SC, o coronel Edupércio Pratts, a operação levou 45 minutos. A corrida contra o tempo começou começou com o helicóptero Águia 2 da Polícia Militar, que levou os órgãos e o médico Frederico José Di Giovanni, uma das maiores autoridades em transplantes de órgãos no Brasil, do Hospital Florianópolis para o Aeroporto Hercílio Luz.

Lá aguardava a equipe do avião Arcanjo 2, dos Bombeiros, que voaram até o aeroporto de Blumenau, onde o Arcanjo 3 finalizou o transporte até o Hospital Santa Isabel.

— Demos tempo suficiente para o médico realizar o transplante com tranquilidade — disse o coronel Edupércio.

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O comandante também destacou que esse tipo de operação é bastante delicada e requer muita atenção na manipulação do órgão coletado que será transplantado em outro paciente. A situação clínica do paciente também deve ser levado em conta, já que há receptores que estão em estágio avançado de degeneração do seu órgão.

— É importante que tenhamos um grande grupo de doadores, no mundo inteiro há uma grande falta de doadores e isso faz com que surja grandes listas de espera. Muitos pacientes que esperam um coração, um fígado ou um pulmão morrem, pois não há nenhum órgão à disposição — pede o coronel.

Para ser um doador, basta informar seus familiares sobre a intenção de doar seus órgãos, pois serão eles quem irão tomar a decisão, caso necessário.

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