O presidente da Argélia, Abdelaziz Bouteflika, inaugurou nesta quarta-feira, na cidade argelina de Oran, a sessão plenária da 151ª conferência ministerial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), da qual participam quatro observadores independentes. Os mercados petroleiros esperam desta reunião extraordinária uma histórica redução da oferta de petróleo da Opep, de pelo menos 2 milhões de barris diários, que se ampliaria com a retirada de outros 500 mil ou 600 mil barris por parte de países não membros da organização.
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A expectativa foi alimentada por várias declarações à imprensa dos ministros do setor da Opep, assim como da Rússia, às vésperas da reunião de hoje, mas nenhum garantiu que já houvesse um acordo definitivo. O presidente da organização e ministro da Energia argelino, Chakib Khelil, disse hoje que, nas reuniões prévias à sessão oficial, não tinha sido alcançado ainda o consenso necessário para determinar o volume da redução da cota.
Uma redução de 2 milhões de barris diários seria o maior corte da cota oficial de produção pactuado na história da Opep. A cota atual do grupo, que não inclui a produção do Iraque nem da Indonésia, é de 27,3 milhões de barris diários.
O objetivo da limitação da oferta é conter a queda dos preços do petróleo, que desabaram em cerca de 70% desde julho. A conferência de hoje é a última com a participação da Indonésia, país que se retira do grupo em 1º de janeiro por ter passado de exportador para importador líquido de petróleo.
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