A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, declarou nesta sexta-feira estar “profundamente alarmada” com a situação dos civis na Síria e com um possível “confronto importante e iminente” em Aleppo, a segunda maior cidade do país.

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Em um comunicado publicado em Genebra, Pillay menciona informações ainda não confirmadas de atrocidades durante combates nos subúrbios de Damasco, e denunciou ao mesmo tempo a utilização crescente de armas pesadas.

“Tudo isto, com o acúmulo de força em e ao redor de Aleppo, é um mau presságio para a população desta cidade”, advertiu Pillay.

A Alta Comissária da ONU denunciou mais uma vez os crimes contra a humanidade cometidos na Síria pelos dois lados.

“Apesar de tais conclusões só poderem ser obtidas por um tribunal, estou convencida, com base nas provas reunidas por diversas fontes dignas de crédito, que na Síria continuam sendo cometidos crimes contra a humanidade e crimes de guerra”, afirmou.

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Pillay adverte no comunicado que “aqueles que cometem não devem acreditar que escaparão da justiça. O mundo não esquece ou não perdoa tais crimes”.

“Isto se aplica tanto às forças da oposição que cometem crimes como às forças governamentais e a seus aliados”.

Pillay também pediu ao governo sírio e à oposição armada que respeitem as regras do direito internacional humanitário e a proteger a população civil.

Alerta francês sobre ataque iminente

Também nesta sexta-feira, o governo francês alertou que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, “se dispõe a cometer novos massacres contra seu povo” em Aleppo. Quem fez o alerta foi o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da França, Bernard Valero.

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“Ao acumular meios militares pesados ao redor de Aleppo, Bashar se dispõe a cometer novos massacres contra seu povo”, disse Valero. O exército sírio acumulava nesta sexta-feira enormes recursos logísticos para uma batalha crucial nos arredores de Aleppo, a segunda cidade mais importante do país.