A chefe da Missão de Monitoramento dos Direitos Humanos da ONU, Matilda Bogner, afirmou nesta terça-feira (10) que o número de civis mortos na Ucrânia é muito maior que os 3,3 mil relatados. Conforme a equipe de monitores, composta por 55 profissionais, a maioria das mortes ocorreu pelo uso de armas explosivas, com ampla área de impacto, como mísseis e ataques aéreos. 

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— Temos trabalhado em estimativas, mas tudo o que posso dizer por enquanto é que é milhares de vezes mais alto do que os números que demos atualmente. O grande buraco negro é realmente Mariupol, onde tem sido difícil ter acesso total e obter informações totalmente confirmadas — revelou Bogner em Genebra. 

Segundo informações publicadas pela agência Reuters, a Rússia nega que civis sejam o alvo dos ataques e chama a invasão, que começou no dia 24 de fevereiro, de “operação militar especial”. Conforme os russos, o objetivo é desarmar a Ucrânia e remover nacionalistas antirussos fomentados pelo Ocidente. A Ucrânia e o Ocidente dizem que esse é um falso pretexto para conter uma guerra de agressão não provocada. 

Ainda de acordo com a chefe da missão, a equipe investiga “alegações confiáveis” de tortura, maus-tratos e execuções pelas forças ucranianas contra as forças invasoras russas e grupos armados afiliados. 

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— Em termos da extensão das violações pelas forças ucranianas – embora a escala seja significativamente maior do lado das alegações contra as forças russas -, também estamos documentando as violações pelas forças ucranianas — afirmou.

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