As violações de direitos da minoria muçulmana dos rohingyas em Mianmar, como a negação de cidadania, o trabalho forçado e as violências sexuais, poderiam ser consideradas como “crimes contra a humanidade”, afirma um relatório da ONU.

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No documento dedicado ao tratamento reservado às minorias étnicas e religiosas em Mianmar, o Alto Comissariado dos Direitos Humanos a ONU denuncia “uma série de gravíssimas violações dos direitos humanos contra os rohingyas (…) que dá a entender um ataque de grande envergadura ou sistemático (…) que poderia resultar em uma possível acusação de crimes contra a humanidade em um tribunal”.

Esta minoria de mais de um milhão de pessoas, com algumas famílias presentes em Mianmar há várias gerações, continua sendo considerada uma minoria de migrantes ilegais procedente de Bangladesh.

No estado de Rakhine (oeste de Mianmar), mais de 100.000 rohingyas permanecem em campos de deslocados desde os violentos confrontos religiosos entre budistas e muçulmanos que deixaram mais de 200 vítimas em 2012, sobretudo muçulmanos.

No início de março, a ONU fez um alerta sobre a minoria, ainda obrigada a viver em “condições terríveis”, que provocam as mortes de muitas crianças, sobretudo pela falta de acesso a cuidados médicos.

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