Investigadores da ONU pediram nesta segunda-feira que a justiça internacional inicie um processo contra o comandante das Forças Armadas de Mianmar e outros cinco militares por “genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra”, pela repressão da minoria rohingya.
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“Os principais generais de Mianmar, incluindo o comandante em chefe Min Aung Hlaing, devem ser investigados e processados por genocídio no norte do estado de Rakhine”, afirma um relatório da missão da ONU em Mianmar.
Também devem ser investigados por crimes contra a humanidade e crimes de guerra nos estados de Rakhine, Kachin e Shan, completa o documento.
Mais de 700.000 rohingyas foram obrigados a fugir de Mianmar entre agosto e dezembro de 2017, após uma ofensiva do exército birmanês em represália aos ataques de rebeldes rohingyas contra postos de fronteira.
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Os rohingyas buscaram refúgio em Bangladesh, onde moram em gigantescos campos de refugiados.
De acordo com os investigadores da ONU, a líder birmanesa Aung San Suu Kyi “não utilizou sua posição com chefe de Governo nem sua autoridade moral para enfrentar ou impedir os atos ocorridos no estado de Rakhine”.
“Por seus atos e omissões, as autoridades contribuíram na execução destes crimes atrozes”, afirmam os investigadores das Nações Unidas.
A missão da ONU estabeleceu uma primeira lista com seis militares de alta patente, incluindo o comandante do exército, suspeitos de “crimes contra a humanidade”. Mas também elaborou uma segunda lista mais ampla, que inclui outros dirigentes supostamente envolvidos na perseguição aos rohingyas.
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* AFP