O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, assegurou que a falha no sistema de transmissão no início da tarde desta terça-feira não foi provocada por um incêndio, a exemplo do que ocorreu em outubro do ano passado. O executivo, no entanto, não descartou a possibilidade de que o defeito tenha ocorrido por conta de carga atmosférica, embora as causas ainda não sejam conhecidas.

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– As causas só serão conhecidas após essa reunião na próxima quinta-feira – afirmou Chipp, em referência à reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Ministério de Minas e Energia, geradoras, transmissoras e distribuidoras envolvidas na ocorrência.

Chipp também negou que o problema foi causado por uma falha nos equipamentos ou falta de investimentos em manutenção. De acordo com o ONS, as falhas ocorreram em linhas de transmissão da Taesa, da Intensa (empresa formada pelo FIP Brasil Energia, Chesf e Eletronorte) e da Eletronorte. Os dois defeitos iniciais ocorreram nas linhas da Taesa e da Intensa. O defeito na linha da Eletronorte foi causado por conta das falhas nas outras duas linhas, sinalizando que a perda das duas linhas causou uma sobrecarga.

– O sistema não foi projetado para suportar uma dupla contingência – afirmou Chipp.

Adicionalmente, Chipp afirmou que o forte consumo de energia verificado no país neste verão e o baixo nível dos reservatórios não têm nenhuma relação com os curtos-circuitos ocorridos nesta terça.

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– O sistema estava operando dentro dos limites de carregamento – disse.

No momento da falha, as três linhas da interligação norte-sul estavam transportando 4,8 mil MW, sendo que o limite operacional é de 5,1 mil MW.