Os ônibus voltam a circular em Florianópolis às 3h da manhã desta quinta-feira. A decisão do término da paralisação que iniciou a 0h de quarta-feira foi tomada em uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano, Rodoviário, Turismo, Fretamento e Escolar de Passageiros da Região Metropolitana de Florianópolis (Sintraturb) na noite desta quarta.

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Para a próxima quarta-feira, o Sintraturb promete uma nova paralisação durante todo o dia. Durante a semana, o sindicato pretende fazer novas ações, semelhantes à distribuição de latas de sardinha e ao recolhimento de 700 pares de sapatos, expostos na terça-feira.

Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana de Florianópolis, cerca de 250 mil passageiros foram afetados pela paralisação desta quarta – 140 mil só na Capital. Além de Florianópolis, Rio de Janeiro e São Luís, no Maranhão, registraram paralisações nesta quarta.

Desde a 0h de quarta os ônibus pararam de circular e nem saíram das garagens das empresas. Durante a manhã, apenas alguns veículos de empresas que fazem a ligação Continente – Ilha circularam por poucas horas com escolta da Polícia Militar.

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Mesmo com a disponibilização de cerca de 200 vans para o transporte alternativo, a população enfrentou transtornos no trânsito e nos deslocamentos entre diferentes pontos da Ilha de Santa Catarina. Muitas pessoas utilizaram aplicativos de carona e as redes sociais para ajudar outros moradores no momento de se deslocar ao trabalho ou aos locais de estudo.

A paralisação gerou ainda manifestações contrárias. Um conselheiro da OAB classificou a manifestação como desrespeito à lei da greve e o secretário de Mobilidade de Florianópolis, Valmir Piacentin, tratou o ato como uma covardia à população. Sergio da Costa Ramos chamou a greve de oportunismo e Moacir Pereira noticiou que o Ministério Público pediu a execução das multas sobre o não-cumprimento da frota mínima do transporte em caso de greve.

Para segunda-feira, o Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina marcou uma audiência entre integrantes do Setuf e do Sintraturb para resolver o impasse da negociação salarial. O Município de Florianópolis e o Ministério Público do Trabalho (MPT) também serão intimados a comparecer à reunião.

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Caso não ocorram mudanças na negociação entre Setuf e Sintraturb nas próximas semanas, o sindicato pode decidir por entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 8 de junho.