De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) de Santa Catarina, o ônibus que caiu em uma ribanceira na BR-282, na altura de Alfredo Wagner, na madrugada de domingo, vinha respeitando as velocidades permitidas na rodovia, reduzindo a velocidade nas curvas e não ultrapassou os 80km/h em todo o trajeto entre Passo Fundo e Alfredo Wagner. Até que o tacógrafo registou um pico de velocidade, 122 km/h, justamente no momento do acidente.

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::: Motorista pode ter passado mal antes de acidente, relata passageira

::: Pelo menos oito feridos de acidente já deixaram os hospitais

– Esse aumento repentino indica que o motorista vinha a uma média de 60 a 80 km/h e de repente aconteceu alguma coisa que o fez perder o controle. Pode ter sido uma falha mecânica, um freio que parou de funcionar, ou ele teve um infarto, dormiu no volante…A velocidade passou dos 120 km/h porque o trecho era de descida – avalia Luiz Garaziano, inspetor da PRF.

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Ele ressalta que a velocidade permitida no local é de 60 km/h, portanto o ônibus ultrapassou o dobro do indicado.

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A Polícia Civil buscará o disco do tacógrafo nesta segunda-feira para levá-lo para análise do Instituto-geral de Perícias (IGP), que também vai averiguar a situação dos freios do ônibus.

Passageira diz que motorista teria passado mal

Uma passageira que sobreviveu ao acidente relatou neste domingo um possível mal-estar do motorista antes do acidente. Maria Adriana Schwab afirmou ter ouvido o condutor dizendo: “Estou passando mal, alguém me ajuda”.

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A Polícia Civil, que investiga o caso, afirmou nesta segunda-feira não ter nenhuma informação oficial sobre essa possibilidade, mas informa também que vai solicitar que o Instituto Geral de Perícias (IGP) verifique a hipótese.

O IGP esteve no local do acidente já no domingo, juntou evidências e fez coleta de sangue do corpo do motorista. Perito criminal e gerente mesorregional do IGP de Lages, Rafael Gazola explica que, para o instituto iniciar a perícia técnica, é necessário que algum órgão – Polícia Civil, Ministério Público, Justiça – faça a solicitação.

Após o pedido, o IGP teria 10 dias para finalizar a perícia, mas procedimentos mais demorados, como exames de sangue, podem demorar até um mês.

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– Não temos como saber exatamente o que será pedido da perícia até que a investigação prossiga e eles façam a requisição. Pode ser que seja necessária uma perícia no ônibus, por exemplo, mas pode ser que não – explica.

Sete vítimas morreram no local:

Marcos Rudimar Lopes Machado, 53 anos (motorista, de Passo Fundo)

Arlindo Biermann Rosa, 65 anos (Soledade)

Rubiane de Castro Carvalho, 29 anos (Passo Fundo)

Ilaine Kurz, 42 anos (Passo Fundo)

Natália Anhaia da Silva, 15 anos (Soledade)

Pedro Paulo Schawb (Soledade)

Marione Kochenborger, 46 anos (Carazinho)

Duas passageiras morreram no Hospital de São José:

Marilaine Teixeira Schroeder, 31 anos (Passo Fundo)

Rosane Schneider (Carazinho)

Os feridos foram levados aos hospitais Nossa Senhora das Graças, em Bom Retiro, Hospital de Alfredo Wagner, Hospital Regional de São Jose e Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages.

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A empresa Reunidas informou que está se mobilizando para prestar assistência às vítimas. A empresa ainda não tem informações sobre causas do acidente. Para os familiares que buscam informações sobre o acidente, a empresa disponibilizou o telefone (49) 3561-5591. Os corpos foram encaminhados ao Instituto Geral de Perícias (IGP) de Lages.

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Entenda o acidente:

Primeiro bombeiro a chegar no local relata o resgate

Veja, em vídeo, como ficou o ônibus:

Veja imagens do acidente:

Veja no mapa o local que o ônibus caiu da ribanceira: