Cinco ônibus que saíram do Vale do Itajaí em direção a São Paulo foram assaltados na noite de segunda-feira na BR-376, em Tijucas do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba. Passageiros ficaram feridos com estilhaços dos vidros dos ônibus, que foram atingidos por tiros. Segundo o presidente da Associação de Empresas de Transporte Turístico de SC (Aettusc), Nilton Pacheco, somente em outubro outras 10 excursões catarinenses foram assaltadas.

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O grupo de comerciantes, que contava com cerca de 150 pessoas, foi surpreendido por assaltantes por volta das 22h30min. Eles estariam fortemente armados. Segundo relatos dos passageiros à Aettusc, os bandidos entraram no ônibus com fuzis depois de trocarem tiros com a escolta armada que acompanhava os coletivos.

Um dos agentes da escolta foi ferido no ombro e uma das passageiras recebeu uma coronhada na cabeça. O estado de saúde deles não foi divulgado. Dinheiro e pertences dos passageiros foram levados.

– As empresas tiveram que recorrer a escolta para conviver com a completa falta de segurança das rodovias. Hoje não se respeita nem ônibus com escolta. E não são mais só de comerciantes, são de idosos indo rezar em Aparecida, de grupos vindo para o Beto Carreiro. São todos – lamenta Pacheco.

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Passageira de Joinville relata drama durante assalto à ônibus

O fato ocorreu às margens da BR, a menos de quatro quilômetros de um posto da Polícia Rodoviária Federal. Segundo Pacheco, as rodovias do Paraná são as que concentram o maior número de assaltos aos coletivos. As BR-116, BR-277 e BR-376 são as mais comentadas pelos diretores regionais das empresas de transporte como as grandes preocupações:

– Somente nesse ano, tivemos 35 excursões que relataram assaltos. Mas o problema é que muitas empresas nem registram mais os ocorridos. Então acreditamos que esse número seja ainda maior – comenta Pacheco.

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