Um grupo de cerca de 40 moradores de Blumenau e Navegantes passou momentos de terror ao ser assaltado enquanto viajava em um ônibus de turismo fretado com destino a Foz do Iguaçu e no Paraguai.

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O caso ocorreu na madrugada de sábado, na BR-277 em Laranjeiras do Sul (PR). Segundo uma das vítimas, que não quis se identificar, o ônibus foi parado por cinco bandidos armados, que chegaram a atirar no veículo.

Em seguida, três assaltantes entraram no ônibus atirando enquanto os outros dois permaneceram no carro usado na fuga, um Audi. Segundo a vítima, eles chegavam a usar aparelhos de rádio comunicação e pediam somente pelo dinheiro dos passageiros. Eles agrediram diversas pessoas e chegaram a ameaçá-los de morte.

Os passageiros foram abandonados somente com as roupas íntimas e os celulares deles também foram levados — e mais tarde encontrados jogados em um matagal às margens da rodovia. Entre o assalto e o momento em que eles foram finalmente socorridos passaram-se mais de três horas.

— Foi um horror, nós pedimos ajuda para os carros que passavam e ninguém parava. Ninguém sabia também onde tinha posto da PRF, onde poderíamos registrar a ocorrência, onde buscar por socorro. Teve gente que foi parar no hospital por conta do frio que passou naquela noite — diz a vítima.

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O grupo questiona agora a empresa responsável pelo ônibus, que teria um rastreador via GPS. Aos passageiros, um representante da companhia teria afirmado que o rastreamento não funcionou porque o ônibus se encontrava em um ponto remoto, sem sinal de rede.

O supervisor administrativo da empresa, Jean Carlo Luebke, confirmou à reportagem no início da tarde de quarta-feira que o ônibus estava uma área onde não havia cobertura de rede, o que dificultou a localização pelo GPS. Ele explica que a viagem foi contratada por uma moradora da Vila Itoupava e que não era de fretamento próprio.

Jean afirma ainda que o ônibus só voltou a ser rastreado pelo equipamento por volta das 5h, quando se encontravam em outro local, e que eles não estavam longe de um posto da Polícia Rodoviária Federal.

— O problema é que eles chegaram lá e não tinha ninguém no posto. O próprio Estado não dá a estrutura necessária para que tenhamos segurança nas estradas — afirma.

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