O ministro Carlos Lupi teria ajudado pessoalmente uma ONG de Brusque comandada por um colega de partido, apesar de a Polícia Federal ter constatado irregularidades em convênio de R$ 6,9 milhões com a pasta.
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A ONG Adrvale (Agência de Desenvolvimento do Vale do Rio Tijucas e Rio Itajaí Mirim) é presidida por Osmar Boos, ex-candidato a vereador pelo PDT em Brusque. Neste convênio, de 2007, para capacitação de trabalhadores teriam sido usados empresas e funcionários fantasmas para justificar a aplicação dos recursos.
Em julho de 2008, a Controladoria Geral da União fez auditoria e teria encontrado irregularidades. A polícia Federal entrou no caso em maio de 2009 e abriu inquérito para investigar a utilização irregular de dinheiro público pela Adrvale. Mesmo com as investigações em andamento, o ministro viajou até Santa Catarina para assinar dois novos convênios com a Adrvale.
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No fim de 2010, a PF finalizou o inquérito e indiciou um ex-presidente da entidade pela dispensa de licitação. O inquérito foi mandado para o Ministério Público Federal que requisitou ajuda da PF. Um dos motivos para pedir mais investigações é que um incêndio havia destruído a sede da Adrvale e vários documentos teriam sido destruídos.
Em entrevista à RBS TV nesta sexta-feira, Boss afirmou que estava surpreso com a denúncia publica pelo jornal Folha de S.Paulo.
– Apresentamos o relatório final da atividade para o Ministério do Trabalho e não recebemos negativa na apresentação de contas.
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