A Associação Desportiva Sonhos de Liberdade, de Belo Horizonte (MG), é a nova responsável pelo Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório de Itajaí (Casep). A Organização Não-Governamental (ONG) mineira venceu o processo licitatório para assumir a unidade, que passa por reformas há cinco meses.
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A administração começa dia 1º de dezembro, quando a secretaria de Estado da Justiça e Cidadania de Santa Catarina prevê reabrir o espaço para atendimento aos jovens infratores. A ONG concorreu com o Instituto Redenção, de Florianópolis, que chegou a ser inabilitado para a licitação mas voltou à disputa depois que teve recurso acatado.
Para decidir o desempate, o edital indicava que a proposta com maior número de funcionários venceria. No total, a Sonhos de Liberdade indicou 36 profissionais entre agentes, vigilantes, advogados, assistentes sociais, educadores, pedagogos e professores de educação física – cinco a mais que o Redenção.
O contrato tem duração de um ano e o convênio entre a secretaria estadual de Justiça e a ONG será maior que o anterior. O recurso de R$ 60 mil por mês passa para R$ 117 mil mensais, para gerir os 30 internos que o Casep comporta.
– A capacidade do Centro será mantida, mas aumentamos o repasse para que o atendimento seja melhor. Nossa intenção não é reinaugurar o espaço com 100% da ocupação, até para oferecer um serviço de mais qualidade – diz o diretor do Departamento de Administração Socioeducativo de Santa Catarina (Dease), Sady Beck Junior.
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A infraestrutura do Casep fica por conta da secretaria de Justiça, inclusive com os equipamentos necessários para o funcionamento. A gestão de pessoas e serviços dentro da unidade será da ONG que, depois do fim do primeiro ano, pode ter o contrato renovado automaticamente.
Os menores que foram transferidos para outras cidades quando o Casep fechou para reformas devem retornar ao prédio a partir de dezembro. O restante das vagas será preenchido pela demanda atual da região.
– Reabrir o Casep de Itajaí traz um alívio total ao sistema carcerário de Santa Catarina. O perfil do adolescente do Litoral Norte é mais violento, mais complicado que o do interior. Ele estando perto de casa é mais fácil de controlar – destaca Junior.
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