O coronavírus, denominado como novo coronavírus (COVID-19), é um vírus respiratório de fácil transmissão. Os primeiros casos foram registrados no final de dezembro do ano passado, em Wuhan, na China. A origem do vírus ainda não é unanimidade entre os pesquisadores, mas a possibilidade mais difundida até agora é que ele tenha surgido do morcego.

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Assim que o COVID-19 começou a circular, levou pouco tempo para que fossem divulgadas as primeiras mortes na cidade de 11 milhões de habitantes. A doença continuou a se espalhar e atualmente é considerada uma pandemia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A pandemia é a disseminação mundial de uma doença, e o termo é utilizado quando um grande surto que afeta uma região, epidemia, se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa. Os mecanismos de como a transmissão iniciou ainda são desconhecidos, segundo Felipe Dal Pizzol, médico e pesquisador da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

— Com o SARS e a MERS o vetor primário era o morcego, então se acredita que essa epidemia também foi. Não se sabe como o vírus rompeu essa barreira entre espécies e conseguiu infectar o ser humano — explica.

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O SARS-CoV foi identificado em 2002 como a causa de um surto da síndrome respiratória aguda grave (SARS). Dez anos depois, em 2012, o MERS-CoV foi a causa da síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). Eles fazem parte de uma grande família de vírus, porém o novo coronavírus tem maior facilidade de contágio, detalhe Dal Pizzol.

— Já se sequenciou completamente o genoma do vírus e já se conhece ele em profundidade do ponto de vista molecular, o que é o primeiro grande passo para que tenhamos, no futuro, vacina e fármacos — projeta o pesquisador.

Professor no Laboratório de Fisiopatologia Experimental do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), Dal Pizzol diz que os estudos estão avançando a ponto de serem testados em humanos em breve. Ainda não há certeza de como a epidemia irá caminhar, e por isso a prevenção e os cuidados com higiene e isolamento social são fundamentais.

Gotículas provenientes de tosse ou espirro, saídas de uma pessoa doente, podem ser transportadas pelo ar e infectar outras pessoas. Esse é a principal via de transmissão, além da possibilidade de tocar uma superfície contaminada e o levar a mão ao rosto, contrair a infecção. Lavar as mãos corretamente é uma das principais indicações dos órgãos de saúde para conter o avanço da doença.

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