Até agora, o ano foi marcado por discussões intensas sobre a continuidade das altas na taxa Selic. De um lado, há quem defenda que a inflação passada, consistentemente acima do centro da meta (de 4,5% ao ano), exige um ajuste rigoroso na política monetária por parte do Banco Central (BC).

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A maior carga tributária (inflação de custos), os reajustes de tarifas e combustíveis, além do efeito de preços de importados mais altos com a valorização do dólar, tendem a manter o IPCA em níveis elevados em 2015. Do outro, há quem defenda que a elevação na taxa básica de juros tem grande parte dos seus efeitos “contratados” para o futuro próximo. Pesam nessa tese o ajuste fiscal em curso (contracionista), a atividade econômica fraca e os riscos de racionamento de água e energia elétrica.

Alguns indícios de maior restrição de crédito e um mercado de trabalho menos dinâmico são sinais adicionais que nos colocam ao lado dos que acreditam que o BC está muito próximo de finalizar o ciclo de altas da Selic. Neste cenário, e levando em consideração as economias brasileira e mundial fracas, acreditamos ser prudente alocações mais conservadoras, aumentando exposição em renda fixa.

Hoje, é possível investir em títulos de renda fixa com isenção do Imposto de Renda, como a LCI, LCA e as debêntures ligadas à infraestrutura. Investindo nestes ativos, é possível ter rentabilidade acima de 1% ao mês líquido de imposto. Também são indicados ativos de renda fixa indexados à inflação, como os títulos públicos que hoje estão com rendimento em torno de IPCA (6,2% ao ano). Assim, o investidor garante quanto seu capital está rendendo acima da inflação.

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Para os mais céticos quanto à economia mundial, aplicações em ouro são interessantes. O cenário global deflagrou grande potencial de volatilidade para 2015. Assim, vislumbramos possíveis episódios de aversão ao risco e períodos de fuga de capitais para ativos seguros ou percebidos como reserva de valor, como os metais preciosos.