Para eles, a TV desistiu da vocação de animar. A sala de estar tornou-se sombria. O banho está frio. A geladeira não resfria. A luminária da varanda rendeu-se à penumbra. E contra todas as pretensões, os dias tornaram-se mais breves. Tudo o que se podia esperar de uma vida de esforços era desfrutar o conforto ao final de cada jornada. <BR><BR>Mas Seu Miranda, Laerte, Pedro, Genésio Duarte, a esposa Sandra e as cinco crianças estão excluídos sempre que o sol se põe. Em casebres de madeira ou de tijolos nus, moram onde a energia elétrica não chega, seja por faltar dinheiro para a instalação da rede ou por viver em área de risco. <BR><BR><STRONG>Veja no vídeo como é a rotina dos lares sem luz<BR></STRONG><BR><IFRAME height=480 src=”//www.youtube-nocookie.com/embed/EXXyFsjrPEk?list=UUNy67pQttPFRC2JQMAvYikQ” frameBorder=0 width=620 allowfullscreen></IFRAME><BR><BR>Habitam a zona urbana de Blumenau e como 130 mil famílias brasileiras veem a cidade se acender enquanto os lares são dominados pela escuridão. Eles têm água encanada e recebem correspondências. Gente que prefere a honestidade em abdicar o conforto à facilidade da ligação clandestina. <BR><BR>No breu, Sandra Marques, 37 anos, deu à luz a filha caçula. Seu Vendelino Miranda, 83, dedilha as teclas da sanfona até o sono chegar. Laerte Loli, 47, ouve novela no rádio de pilhas enquanto sonha com um final feliz para si. Pedro Castanha Neto, 53, reza por uma vida melhor. <BR><BR><IMG src=”http://zerohora.clicrbs.com.br/rbs/image/3235374.gif”> <STRONG><A class=link-corpo href=”http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/jsc/81,8,571,38220,onde-a-luz-nao-ilumina.html” target=_blank><STRONG>Veja aqui a galeria de fotos da rotina dos moradores </STRONG></A><BR></STRONG><BR>- Acho que todo ser humano gostaria de ter o básico. Como energia para ter geladeira, freezer e televisão, passatempo que me distraia em muitas coisas – resume Pedro, há seis anos sem eletricidade no Bairro Velha Grande. <BR><BR>Em 2010, pelo menos 30 domicílios do meio urbano blumenauense padeciam da falta de energia elétrica, segundo o censo do IBGE. Em Santa Catarina, dos 4.455 lares desprivilegiados, mais de 2,6 mil estavam nas cidades. <BR><BR>Embora a maioria seja de moradias em áreas pobres, havia registros pelos bairros Progresso, Itoupava Central e até no Centro. Desde então, os números podem ter mudado, como o destino e as trajetórias das famílias. Encontrar os moradores foi possível após um mês de procura nos confins da cidade. <BR><BR>Foram localizadas pelo menos seis casas, algumas ainda inéditas ao levantamento do IBGE. E você, como enfrentaria as horas de aflição sem energia elétrica? O banho de bacia, o cheiro da vela, o alento do rádio a pilhas. Há anos, eles sabem bem.<BR><BR>Leia a reportagem completa na edição impressa do <STRONG><A class=link-corpo href=”http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/jsc/capa,5,0,0,0,Capa.html” target=_blank><STRONG>Santa</STRONG> </A></STRONG>deste fim de semana.
Continua depois da publicidade