A baixa ondulação da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, acabou adiando o início do Circuito Mundial de Surf. Nova chamada para a competição acontecerá nesta quinta-feira, às 7h, para analisar as condições do mar, que apresentaram ondas de mais de dois metros, mas com formação irregular.
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Além da Praia da Barra, o Arpoador também pode receber a etapa. O Rio de Janeiro não recebia o torneio desde 2001.
– Na verdade temos ondas, mas elas estão fechando bastante. Você até consegue pegar uma ou outra onda boa e fazer algumas manobras. Vimos bons tubos pela manhã, mas não está bom o suficiente para uma bateria de 30 minutos. É decepcionante ter que cancelar o evento por hoje, pois temos um swell de seis pés sólidos, um dia muito bonito, mas realmente as condições estão difíceis e acho que foi a decisão mais acertada – disse Kieren Pierrow, representante dos atletas junto à direção de prova.
Daniel Friedman, o diretor de prova, explicou que a tendência seria o mar melhorar, mas não o suficiente.
– Na verdade, poderíamos esperar um pouco mais, e eu acredito que na parte da tarde teremos uma condição melhor do mar. Só que o problema é que teríamos de dividir a fase, pois não teria tempo de fazer todas as baterias do primeiro round no mesmo dia, e isso os atletas não querem. Então optamos por cancelar o evento hoje, já que temos uma previsão muito boa de ondas também para os próximos dias. Nosso objetivo é fazer o campeonato nas melhores ondas possíveis e temos tempo pra isso, até porque o prazo do evento vai até o dia 22 ainda – disse Friedman, se referindo ao final do período de espera.
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Defensor do título da etapa brasileira, Jadson André foi um dos poucos surfistas a testarem as condições.
– O mar esta bastante difícil. Tem um tamanho, mas a formação não está muito boa e as ondas estão fechando bastante. Acredito que vão ter dias bem melhores e com certeza a melhor opção foi o cancelamento mesmo, para esperar que as condições melhores – disse Jadson.
O brasileiro também falou sobre o fato de defender o título, depois da inesquecível vitória em Imbituba, ano passado, vencendo Kelly Slater na final.
– É um campeonato totalmente diferente. Aqui você não pode escolher muito as ondas, tem que estar preparado para qualquer condição de mar, mas estou surfando sem pressão de ter que vencer. Quero apenas surfar e passar bateria por bateria. Foi assim que eu fiz em Imbituba. É assim que faço em todos os campeonatos que participo.
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Caso as condições se confirmem, o Circuito Mundial de Surf, etapa Rio de Janeiro, começará com a bateria de triagens entre quatro brasileiros, que vai definir mais dois nomes para entrar no evento principal. As vagas serão disputadas por Simão Romão, Jean da Silva, Igor Moraes e Leandro Bastos. O Brasil terá nove representantes na chave principal. Os dois trialistas, os wildcards Peterson Crisanto e Ricardo Santos, além dos integrantes da elite mundial: Jadson, Alejo Muniz, Adriano de Souza, o Mineirinho, Heitor Alves e Raoni Monteiro. No feminino, as brasileiras que vão disputar o Billabong Girls Rio Pro serão Silvana Lima, Maya Gabeira, Suelen Naraisa e Andrea Lopes, indicada para subistituir Rebecca Woods, que se machucou na etapa anterior.