Onda de frio mais intensa do ano chega a Santa Catarina a partir de segunda-feira

Chuva, frio e sol vão marcar os próximos dias dos catarinenses, que vão sentir de tudo um pouco em um curto intervalo de tempo. O grande destaque está para as baixas temperaturas, que darão um forte sinal de que o inverno está cada vez mais perto.

O período dos extremos começará já nesta sexta-feira, quando uma frente fria formada na Argentina e Uruguai atingirá o Sul do Brasil. Ainda pela manhã, a chuva chegará aos municípios do Oeste, Meio-Oeste e Serra Catarinense, se espalhando por todo o Estado a partir do início da tarde.

A Defesa Civil e a Epagri/Ciram alertam para volumes de 70 a 100 milímetros do Oeste à Serra e de 30 a 50 nas demais regiões. Tanta chuva em tão pouco tempo poderá ocasionar deslizamentos e alagamentos nas áreas mais vulneráveis.

A chuva deve persistir no sábado e, no fim do dia, o tempo começará a limpar na divisa com o Rio Grande do Sul devido ao avanço de uma massa de ar frio e seco, o que vai empurrar a frente fria para o oceano – provocando um ciclone extratropical que vai gerar ondas de pelo menos dois metros -, estabilizar o tempo e derrubar as temperaturas.

O domingo deverá ser de sol, frio e muito vento, com rajadas de até 70 quilômetros por hora. Mas no amanhecer de segunda-feira, Santa Catarina deverá receber a onda de frio mais forte do ano até agora. Na Serra, especialmente nas regiões de Urupema e São Joaquim, as mínimas podem chegar a 0ºC, com possibilidade de geada nos pontos mais altos. Essa condição deve persistir até terça-feira, e de quarta em diante as temperaturas voltam a subir.

Marcelo Martins, meteorologista da Epagri/Ciram, explica que isso é normal, pois é a partir da segunda quinzena de abril que as massas de ar frio e seco começam a entrar com mais intensidade e maneira mais duradoura em Santa Catarina. Ou seja, o frio de agora não vai indicar nada sobre o fato de o próximo inverno ser mais ou menos frio que o do ano passado.

Enquanto isso, gente como os lenhadores Joel Fogaça Leodoro, de 19 anos, e Bruno Mayer, 23, ambos moradores de Lages, preparam o estoque para ganhar dinheiro. Em 2012, eles comercializaram 420 toneladas de lenha de acácia negra só na cidade de 156 mil moradores e faturaram aproximadamente R$ 90 mil. Agora, em 2013, pretendem aumentar as vendas e o lucro em 50%, e para isso, contam com o frio.

– Isso aqui é uma mina de ouro durante o inverno -, diz Bruno.