A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta terça-feira, prudência sobre a suposta relação entre o vírus zika e a morte de três pessoas na Colômbia pela síndrome de Guillain-Barré.

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— Sim, vimos estas mortes pela síndrome de Guillain-Barré, foram registradas três. Mas queremos convidar à prudência — afirmou, em Genebra, o porta-voz OMS, Christian Lindmeier, sobre a possível relação com zika.

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A Colômbia registra 22.612 infectados pelo vírus, entre eles 2.824 grávidas, além do forte aumento de Guillain-Barré, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde no sábado, com dados de até 30 de janeiro. Segundo dados oficiais colombianos, a síndrome de Guillain-Barré estaria relacionada a três mortes por causas associadas ao vírus zika, que afeta grande parte da América Latina.

Apenas nas quatro primeiras semanas de 2016, quase 11 mil pessoas foram contaminadas na Colômbia, o segundo país mais afetado pelo vírus depois do Brasil. Na sexta-feira, o Instituto Nacional de Saúde confirmou as três primeiras mortes associadas ao zika no país.

Embora, em geral, os sintomas do zika sejam leves — febre baixa, dor de cabeça e articular e erupções na pele —, suspeita-se de que as grávidas possam ter bebês com microcefalia, uma doença congênita irreversível que provoca danos irreparáveis no desenvolvimento motor e cognitivo da criança.

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Na sexta-feira, a ONU pediu que se autorize o aborto em países afetados pelo zika. Já as autoridades colombianas recomendaram aos casais, em janeiro, que adiem a gravidez entre seis e oito meses.

O zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite dengue, febre amarela e chikungunya.

Na Colômbia, a previsão é de que haja mais de 600.000 infectados pelo vírus este ano e 500 casos de microcefalia, caso se repita a situação vivida no Brasil, o país mais afetado por esta epidemia, com mais de um milhão e meio de casos.

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O vírus se expandirá por todo o continente americano, exceto Canadá e Chile, conforme adverte a OMS.

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