A Organização Mundial da Saúde (OMS) falou nesta quinta-feira (13) sobre a identificação de partículas do coronavírus em uma carga de carne de frango exportada de Santa Catarina para a China. Em uma coletiva de imprensa, os representantes da OMS amenizaram a situação e descartaram a contaminação através da comida.
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> Coronavírus foi encontrado em carne de frango de SC vendida na China
Uma das novidades citadas pela OMS é a de que possivelmente o vírus estava na embalagem do frango, e não na carne como constava nos relatos anteriores. As informações são da agência de notícias AFP.
– Não acreditamos que o coronavírus possa ser transmitido através de alimentos. Se entendemos bem, a China encontrou o vírus nas embalagens, testou com centenas de milhares e encontrou em algumas, menos de dez deram positivo – explicou a cientista Maria Van Kerkhove, responsável da unidade de enfermidades emergentes da OMS.
A cientista ressaltou, no entanto, que a organização sabe que o vírus “pode permanecer na superfície durante um tempo”, e há um trabalho internacional para garantir a segurança no setor alimentício.
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Conforme a OMS, além da carga de asas de frango originárias de um frigorífico no Oeste catarinense, as autoridades chinesas encontraram o coronavírus também em embalagens de camarão importadas do Equador.
– Nossa alimentação em relação à covid-19 é segura. Não há nenhuma prova de que os alimentos ou as cadeias alimentárias participem da transmissão do vírus. Não devem exagerar nesse tipo de informação. A gente já tem medo suficiente da pandemia – defendeu Michael Ryan, diretor de situações de emergência sanitária da OMS.
A contaminação na carne de frango veio a público nesta quinta-feira após uma divulgação da prefeitura de Shenzen, na China. A carne contaminada teria como origem um frigorífico da Aurora Alimentos na cidade de Xaxim, no Oeste de Santa Catarina. A empresa disse que “aguardará a devida manifestação por parte da autoridade pública competente, junto a qual esclarecerá os fatos e prestará as devidas informações a quem de direito”.
Em nota divulgada mais cedo, a Embaixada da China no Brasil afirmou que está acompanhando o caso e investigando onde a contaminação ocorreu. Por enquanto, a China descarta qualquer nova restrição às importações do Brasil.
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