A OMS (Organização Mundial da Saúde) elevou a ameaça internacional do coronavírus Sars-CoV-2 para muito alta nesta sexta-feira (28).

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— O aumento contínuo do número de casos da doença causada pelo vírus, a chamada covid-19, e o aumento do número de países afetados são de clara preocupação – disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

— Nossos epidemiologistas estão monitorando os desdobramentos, e agora aumentamos nossa avaliação do risco de espalhamento e o risco de impacto da covid-19 para muito alta num nível global – completou.

Até o momento, o vírus deixou mais de 83 mil infectados e matou mais de 2.800 pessoas (a maioria na China). Mais de 36 mil se recuperaram.

Segundo o diretor da OMS, até o momento a maioria dos casos podem ser ligados a contatos conhecidos ou aglomerados de casos. "Não vemos evidência ainda de que o vírus está se espalhando livremente nas comunidades", disse. "Enquanto for esse o caso, ainda temos chance de conter o coronavírus se ações robustas forem tomadas para detectar casos de forma precoce, isolar os pacientes e cuidar deles e rastrear os contatos."

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Ghebreyesus também afirmou que há mais de 20 vacinas sendo desenvolvidas no mundo. "Esperamos os primeiros resultados em algumas semanas, mas não precisamos esperar por vacinas e soluções terapêuticas. Há coisas que cada indivíduo pode fazer para se proteger e proteger os outros hoje", disse, referindo-se às boas práticas de higiene respiratória, como lavar sempre as mãos e espirrar e tossir no cotovelo.

— Seu risco depende de onde você mora, sua idade e sua saúde em geral – lembrou o diretor.

O Brasil confirmou nesta semana o primeiro caso de coronavírus. O homem de 61 anos voltou de viagem da Itália e apresentou os primeiros sintomas característicos da doença, após exame e contraprova foi constatado o novo coronavírus. Em Santa Catarina não há nenhum caso confirmado, mas oito pessoas estão com suspeita da doença.

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