A comunidade internacional tenta acelerar, nesta quinta-feira, uma resposta à epidemia de ebola. A União Africana anunciou uma reunião de emergência com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para traçar estratégias de combate à doença, propondo oito tratamentos e duas vacinas experimentais.
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Esses diferentes tratamentos, incluindo o já utilizado ZMapp e as vacinas, foram apresentados a cerca de 200 especialistas reunidos em Genebra pela OMS para analisar as possibilidades de produção e utilização. De acordo com relatório publicado pela entidade, nenhuma das substâncias foi clinicamente comprovado e apesar das “medidas implementadas para acelerar o ritmo dos testes clínicos”, “os novos tratamentos e vacinas não estarão disponíveis para uso geral antes do final de 2014”.
Até que isso aconteça, apenas pequenas quantidades estarão oferecidas. A organização ressalta que o desenvolvimento e a avaliação clínica desses tratamentos levaria até 10 anos em circunstâncias normais.
– Aumentar a produção de qualquer medicamento ou vacina leva meses ou anos porque deve respeitar todas as etapas, e o processo de produção leva tempo, não é instantâneo – explica uma porta-voz da OMS, Fadela Chaib.
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A atual epidemia do vírus ebola, que continua a se espalhar no oeste africano, não tem precedentes por sua amplitude. Ainda não há nenhuma vacina homologada contra a doença, e não há nenhum tratamento específico.
– Em Serra Leoa, chegamos ao fim dos nossos recursos. Se abandonarmos o país, levaremos mais tempo para acabar com a epidemia – afirmou representante do ministério da Saúde do país, Samuel Kargbo.
De acordo com o último balanço da OMS publicado na quarta-feira, mais de 1,9 mil pessoas morreram da doença, num total de 3,5 mil casos confirmados. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa e Guiné. A Nigéria é atingida em menor escala e um primeiro caso foi identificado no Senegal, o de um guineense que havia cruzado a fronteira.
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