Ao iniciar o ano de 2020, a Organização Mundial da Saúde lançou um relatório com os principais desafios de saúde pública da próxima década. A lista tem treze itens e visa refletir a preocupação com o indispensável investimento de recursos na saúde, como uma espécie de alerta aos líderes de todo o mundo.

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Interessante destacar que um dos itens abordados no relatório da OMS defende a meta de “dominar novas tecnologias para a saúde”, levando a uma reflexão importante sobre os avanços na capacidade da medicina prevenir, diagnosticar e tratar muitas doenças.

Citando a edição de genoma humano, a biologia sintética e a inteligência artificial, a OMS não apenas destaca que a evolução tecnológica pode resolver muitos problemas, mas também levanta novas questões e desafios sobre monitoramento e a regulamentação de uso dados dos pacientes.

A preocupação da agência, que é subordinada à Organização das Nações Unidas, fica registrada de forma clara no documento: “Para evitar que essas novas tecnologias prejudiquem, de alguma forma, as pessoas às quais pretendem ajudar, é preciso revisar as evidências e orientações sobre questões mais polêmicas e solicitar que os países regulamentem o desenvolvimento e uso dessas novas ferramentas e práticas”.

Dessa forma, a OMS inclui, de maneira definitiva, a tecnologia e a saúde digital na pauta de debates mundiais na assistência dos seres humanos, integrando o tema aos outros objetivos relevantes que compõem o documento:

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– Trazer a saúde para dentro do debate climático

– Aumentar a atuação em áreas de conflito e crise

– Tornar o acesso à saúde mais justo

– Aumentar o acesso a medicamentos

– Acabar com doenças infecciosas

– Preparar para o combate às epidemias

– Aumentar a proteção contra o uso de produtos perigosos

– Garantir mais investimento para profissionais da saúde

– Aumentar a segurança de saúde dos adolescentes

– Ganhar a confiança da opinião pública

– Evitar o uso indiscriminado de antibióticos

– Aumentar o saneamento básico

Com o assunto incorporado às questões da saúde mundial, penso que cabe ampliar ainda mais a discussão, tendo também como foco a garantia do acesso à tecnologia a uma parcela cada vez maior da população. Para tanto, é igualmente urgente e necessária a criação de políticas que levem os benefícios da era digital até as comunidades com maior carência.

Isso se faz de diversas formas, começando com o incentivo à produção de conhecimentos científicos até a organização e a utilização de dados – via plataformas digitais, que permita um planejamento responsável da saúde pública, elencando prioridades reais de investimentos e de ações, incluindo os essenciais programas de prevenção e promoção da qualidade de vida. Que essa seja a meta das nações do mundo todo. E que se desenvolva na mesma velocidade dos avanços da tecnologia.

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