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Primeiro foi a it-girl Alexa Chung, que fez mulheres do mundo todo picotarem revistas para levar ao cabeleireiro uma amostra do que queriam nos cabelos. Um pouco depois, foi Drew Barrymore quem apareceu com os fios levemente mais claros nas pontas, aumentando o frisson entre as adeptas da tintura. Jessica Biel, Rachel Bilson e Julia Roberts também andaram desfilando a tendência por aí.

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O nome do cabelo que tem dominado as cabeças das celebridades e que agora chega aos salões como aposta absoluta para o verão é ombré hair (ombré é sombreado, em francês).

– É uma evolução das mechas californianas. Só que, no lugar do descolorante, usamos a tinta porque conseguimos controlar melhor a cor e, assim, o resultado fica mais sutil – define o colorista Marcelo Vasconcelos.

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Nem californianas nem luzes, menos ainda mechas invertidas. Assim como as precursoras praianas, o ombré (alguns o chamam de mechas texanas) mantém a raiz do cabelo natural. Do comprimento às pontas, no entanto, os fios ganham nuanças de cores, num degradê tão suave que, em alguns casos, é imperceptível. Tanto que a técnica é conhecida também como invisible highlights (mechas invisíveis).

– No caso das californianas, importava o contraste da raiz escura com as pontas claras. Mas essa tendência já era – reforça o colorista Edson Galdino. – A ideia aqui é deixar os cabelos com cara de natural, como se a luz estivesse batendo nos fios.

O cabeleireiro Maurizio Mandala acrescenta que, ao contrário das californianas, ideais para as loiras e mulheres de pele bronzeada, o cabelo sombreado é mais democrático.

– Como o trabalho é sutil, a cliente não perde a identidade. Todo mundo pode usar, mas é preciso ter a sensibilidade de adaptar a técnica ao estilo de cada uma – diz.

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Assim, morenas, loiras e ruivas estão liberadas para aderir à tendência. Julia Roberts e Leighton Meester são casos bem-sucedidos de morenas que, mesmo adeptas das mechas mais claras no comprimento, não deixaram os fios escuros de lado.

– Fica muito bom nas morenas, principalmente porque tira um pouco o peso da cor escura, que realça as olheiras – analisa Maurizio.

Nos cortes, a técnica também não tem preconceitos. Mas, segundo a colorista Suely Maeda, os desconectados e repicados valorizam mais as mechas.

Para chegar ao degradê ideal, o profissional pode lançar mão de duas a quatro cores de tinta, dependendo do comprimento do fio, ensina a cabeleireira Lauê Xavier da Silveira.

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– Em cabelos mais curtos, conseguimos o efeito com menos tonalidades. Nos longos, podemos casar até quatro cores diferentes, mas você não percebe porque elas se misturam umas às outras – comenta.

Além do efeito natural, a grande vantagem do ombré está no fato de que, com a cor da raiz preservada, ninguém fica refém dos constantes retoques de coloração.

– É um trabalho que dura muito tempo. Se a mulher gosta do resultado e não corta o cabelo com frequência, não há grande necessidade de retoque – diz Maurizio Mandala. Para manter o efeito intacto, devolver brilho às pontas ou clarear um pouco mais os fios, no entanto, é legal fazer alguns ajustes.

Mas só lá pelo quinto ou sexto mês depois do procedimento original, como ressalta o cabeleireiro Edson Galdino.

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